Escritora londrinense faz campanha para publicação de livro
No Dia Nacional do Livro, que tal apoiar a publicação de uma obra?
Nesta quinta-feira, dia 29, é comemorado o Dia Nacional do Livro. Então, que tal apoiar a publicação de uma obra? A escritora londrinense Sofia Pellegrini está com uma campanha de financiamento coletivo para conseguir arcar com as despesas finais do livro que ela está escrevendo há cerca de três anos.
Intitulado “Mulheres – autoconhecimento, lutas e empoderamento”, trata-se de um livro que busca reunir as principais discussões sobre feminismo de uma forma acessível. Confira a conversa com a autora:
Como surgiu o interesse em produzir o livro? O que fez você perceber que esse tipo de obra é necessária?
Na minha família, sempre tive contato com as discussões a respeito de feminismo, desde pequena. O meu pai também é escritor e editor, portanto sempre me incentivou a escrever. A vontade de escrever esse livro foi porque eu reparei que tem muita informação na internet sobre feminismo, mas de forma dispersa. Do mesmo jeito que tem gente produzindo coisas boas, tem muita informação equivocada que gera confusão. Além disso, na minha opinião, os livros que a gente encontra nas livrarias, geralmente, são uma leitura mais avançada, afastando os leitores iniciantes. Então, eu quis unir as duas coisas: fazer um livro que tivesse várias discussões, conceitos, mas de forma acessível, com informações checadas, linguagem leve.
Como foi o percurso até chegar ao material que está para ser publicado?
Desde o começo, a ideia é que fosse em um formato de almanaque, reunindo um monte de conteúdo, bem ilustrado, que a pessoa pudesse ler a partir de qualquer parte. A partir das minhas pesquisas, eu percebi que não tinha como falar de um assunto sem falar de outro, então um assunto ia puxando o outro, que puxava outro. Isso fez com que o livro ficasse cheio de remissões. Eu estou falando de um assunto daí tem uma caixinha em que diz: “Se você quer saber mais sobre tal assunto, vá para tal página”. Ao mesmo tempo, o livro passou por uma série de leituras críticas. Cada área foi para uma leitura especializada e cada leitura voltou com muitos apontamentos, sugestões. Foi um verdadeiro processo de lapidação do texto.
Quem se interessar pelo livro, o que vai encontrar? Dentro do universo do feminismo, que é tão diverso, quais os principais temas que você abordou?
O livro fala sobre feminismo e eu acho que o feminismo atravessa todas as discussões. Então, ele fala sobre corpo feminino, sobre ciclos, sobre maternidade real, história do feminismo, mulheres importantes que costumam não ser estudadas e não conhecemos, sexualidade, relacionamentos, gênero, vertentes feministas, características do feminismo atual, busca esclarecer equívocos sobre o feminismo, fala sobre violência contra as mulheres, divisão do trabalho doméstico, padrão de beleza, formas de controle sobre o corpo feminino, caça às bruxas… a lista é longa. Fala sobre bastante coisa!
Como você espera que essa obra impacte, principalmente, as mulheres?
Em relação as pessoas que já tem essa discussão, eu acho que vai servir como uma forma de aprofundamento das discussões. Mas, eu penso muito nas pessoas que não têm acesso a esse tipo de informação, como meninas mais novas, outras mulheres que não fazem esse tipo de leitura. Eu acredito que, para essas pessoas, o livro pode ser uma leitura capaz de trazer muita mudança. É uma coisa que seria muito gratificante se tivesse o papel de transformar, ajudar em algumas questões, como de conhecimento dos próprios direitos, conhecimento do próprio corpo.
E tem uma campanha para a publicação do livro, como está funcionando?
A campanha a gente está fazendo para pagar os custos finais de impressão e as profissionais envolvidas. Lá no Catarse (https://www.catarse.me/livromulheres) você pode já comprar o livro, que fica pronto em dezembro, ou apoiar com qualquer valor a partir de R$ 10. Tem ainda várias recompensas, para os mais variados valores. A campanha vai até o dia 05 e até este dia é possível apoiar.
Veja a conversa em vídeo:
Fiama Heloisa - Redação Tem
