Por que o ovo e o coelho são símbolos da Páscoa?

Foto: Divulgação

A maior celebração cristã (junto com o Natal, claro) tem sua origem na festa judaica do Pessach – que significa “passagem” em hebraico, uma referência à saída dos judeus do Egito e sua libertação da escravidão, com a chegada à terra prometida sob a liderança de Moisés. Durante a festa judaica, o ovo – um dos únicos alimentos que não perde a forma depois de cozido – é utilizado como símbolo do povo de Israel. Em determinado momento, o chefe de família se levanta e diz: “O povo de Israel é como esse ovo, que, quanto mais cozido na dor e no sofrimento, mais preserva sua unidade e sua identidade”. (Evidentemente, naquela época o ovo ainda não era de chocolate.) A comemoração foi adaptada pelo cristianismo para relembrar a ressurreição de Cristo, que também representa a renovação da vida. “Já o coelho foi uma forma de popularizar a festa”, diz Maria Ângela de Almeida, teóloga da PUC-SP.

Desde o antigo Egito, o animal era símbolo da fertilidade devido à sua incrível capacidade de procriação. “O Pessach teve origem em ritos tribais, cujo objetivo era celebrar a paz entre os povos. O cordeiro era repartido entre os chefes das tribos, num jantar comunitário que reforçava suas alianças. Nesse contexto, o coelho veio substituir o cordeiro”, afirma Maria Ângela.

Ovos de chocolate

Ninguém sabe exatamente quando nasceu a ideia de se perfurar a casca dos ovos, esvaziá-los e rechear com chocolate“, explica a historiadora Elisabeth de Contenson, autora do livro “O chocolate e sua história”, analisando que certamente a prática começou no século 18.  Mas foi no século 19, principalmente a partir de 1830, que os ovos de chocolate começaram a aparecer no comércio. O método se desenvolveu, com o aprimoramento das técnicas de se lidar com o cacau e o surgimento de fôrmas com diferentes desenhos.

Segunda de Páscoa

Na Europa, com exceção de Portugal, Rússia e a maior parte da Espanha, a Páscoa é celebrada na segunda-feira. Este costume tem origem no século 11, quando a Páscoa era festejada também durante a semana seguinte à ressurreição de Cristo e se chamava Oitava de Páscoa. Este período foi feriado em uma certa época, mas desde a assinatura de uma concordata – acordo entre Igreja e Estado – em alguns países europeus, apenas a segunda-feira seguinte ao domingo de Páscoa permaneceu dia feriado.

Redação Tem



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