10 mil professores participam de protesto na capital paranaense

Professores estão há três anos com salários congelados

Professores do Paraná afirmam que estão com os salários congelados desde janeiro de 2016 — Foto: Giuliano Gomes/PR Press
Professores estendem bandeira do Brasil no Palácio do Iguaçu – Foto: Giuliano Gomes/PR Press

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná paralisaram as atividades para fazer um protesto contra o congelamento dos salários, nesta segunda-feira (29). Data também relembra o ‘Massacre na Educação’ ocorrido em 2015, caso não responsabilizado até hoje.

Cerca de 10 mil trabalhadores na educação do estado participam da manifestação no centro de Curitiba.

Os professores se concentraram em frente à Praça Santos Andrade e se deslocaram para a Praça Nossa Senhora Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, onde representantes do governo e dos trabalhadores se reúnem ao final da manhã.

Reivindicações

Segundo a representante do movimento, a professora Marlei Fernandes, os servidores estão sem reajuste desde janeiro de 2016.

A classe alega uma defasagem de 17% em relação à inflação no período. A variação acumulada do Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) entre janeiro de 2016 e março de 2019 é de 14,37%, segundo o Banco Central. A manifestação recebeu apoio de servidores de todo estado.

O que diz o governo

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que, com relação a qualquer alteração na folha salarial, o Governo do Paraná avalia as condições fiscais, financeiras e legais. Uma das decisões da equipe de gestão foi fazer uma auditoria na folha do funcionalismo para saber se todos os pagamentos atendem aos requisitos legais.

‘Massacre na Educação’

Cerca de 10 mil profissionais participaram de manifestação – Foto: Reprodução/APP

Os servidores aproveitam a data para relembrar o conhecido “Massacre na Educação”, realizado pelo ex-governador Beto Richa (PSDB) em 2015. Naquele ano, em uma greve histórica de professores e funcionários de escolas, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o ex-governador reprimiu violentamente todos os trabalhadores. Cerca de 200 trabalhadores ficaram feridos. Muitos de forma grave.

Os policiais, usaram helicópteros com bombas, balas de borracha, cães pit bull e gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Na época, os deputados votaram a reforma da previdência estadual.

Redação Tem



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