Termo de compromisso LGBT tem adesão de metade dos candidatos a prefeito

Confira quem apoia os "Dez pontos por uma Londrina sem LGBTfobia".

Barbosa Neto (PDT), Boca Aberta (PROS), Carlos Scalassara (PT), Marcelo Belinati (PP) e Márcio Sanches (PC do B) assinaram o termo de compromisso “Dez pontos por uma Londrina sem LGBTfobia”, iniciativa do Fórum LBGT de Londrina e Região, com participação  de nove entidades e coletivos. Márcio Stamm (Podemos) disse que uma cidade sem preconceito “é mais que uma meta de governo; é um princípio de cidadania” e prometeu “estudar com critério a carta-compromisso”. Já Álvaro Loureiro Júnior (PV), Delegado Águila Misuta (MDB),  Júnior Santos Rosa (Republicanos) e Tiago Amaral (PSB) não se manifestaram.

“É a primeira vez que a população LGBT londrinense, por meio de seus coletivos e o movimento social organizado, se propõe a apresentar aos candidatos a prefeito um termo dessa natureza”, comemora o articulador do Fórum LGBT, Vinícius Yoma Bueno. “Não estamos lutando por privilégios, buscamos equidade de direitos”, justifica. Ainda segundo ele, a reivindicação é pela garantia de implementação dos direitos constitucionais no município. “Os  pontos por uma Londrina sem LGBTfobia são instrumento de luta diária, e não se restringem apenas ao dia da Parada”, explica.

Coordenadora do coletivo Elity Trans, Christiane Lemes entende que a cidade precisa ser o espaço plural, do respeito e diálogo. “É assim que sobrevivem as democracias”, diz ela. Lemes avalia que cabe à população LGBT e suas famílias a consciência na hora do voto. “É importante observar o comprometimento com os direitos da população LGBTQIA+ e que esse compromisso está intimamente relacionado às decisões dos prefeitos”. Integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB Londrina, Paulo Carneiro afirma que, enquanto houver preconceito, será necessário que os políticos criem meios de combater. “É fundamental saber quais as intenções de um candidato em relação à comunidade LGBT, uma vez que é a população que mais precisa de políticas públicas para alcançar a igualdade na sociedade”.

Entre os dez pontos do documento estão a construção do Plano Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos; Conselho Municipal de Direitos da População LGBT; a criação da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania LGBT, com orçamento próprio e dentro da estrutura do Executivo; edição de um decreto que determina o uso do nome social de travestis e transexuais por todos os órgãos da administração pública, além de mecanismos de monitoramento da lei municipal 8812/2002, que estabelece penalidades aos estabelecimentos que discriminarem pessoas em virtude de sua orientação sexual.

Redação Tem com Assessoria



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