Kireeff divulga documento e diz não ser responsável por dívida de R$ 92 mi

Foto: Reprodução/Facebook

Após a polêmica da última semana em que a Prefeitura de Londrina foi condenada a pagar cerca de R$ 92 milhões à empresa Transportes Coletivos Grande Londrina, o ex-prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (Podemos), fez uma publicação em sua rede social para afirmar que não tem responsabilidade sobre a ação judicial que prevê decisão favorável aos empresários que controlam o transporte coletivo na cidade.

Segundo Kireeff, no início da sua gestão, em 2013, o MP (Ministério Público) realizou uma auditoria no contrato com a TCGL, julgando que a cobrança de ”margem de lucro de 7,5% a 10% repassada à empresa” seria “ilegal”.

O relatório — postado nas redes sociais — ainda sugere a retirada do item “lucro” da planilha de custos da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo) sob pena de responsabilização.

O ex-prefeito afirma que à época, o entendimento era outro e que durante 2 anos e meio, a prefeitura retirou o lucro das empresas a pedido do relatório realizado por auditores do próprio Ministério Público.

Decisão

O Município não pode mais recorrer da decisão e terá que pagar, imediatamente, de acordo com a Justiça, cerca de R$ 92 milhões para a empresa.

Confira a nota do ex-prefeito na íntegra:

Pouca gente sabe, mas o primeiro cálculo tarifário da CMTU durante a nossa gestão foi auditada (Relatório 29/13) pela 11 Primeira Unidade de Auditoria e Perícias da Promotoria de Justiça da Comarca de Londrina, Ministério Público do Paraná. Essa auditoria, finalizada em 4 de fevereiro de 2013, analisou especificamente a questão da “margem de lucro de 7,5% e a remuneração de capital de 12% a.a.” . A conclusão, assinada por quatro auditores públicos, relata , textualmente, que a inclusão do item “lucro”, na planilha de cálculo, é incorreta em termos econômicos” e “ilegal”, por absoluta falta de previsão na legislação própria do transporte coletivo urbano londrinense. Finaliza opinando pela retirada do item “lucro” na planilha apresentada pela CMTU, sob pena de responsabilização. A foto é do documento. Assim, a CMTU agiu em conformidade com o entendimento do Ministério Público do Paraná.

Redação Tem



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