Afegãos invadem aeroporto e tentam fugir agarrados a aviões dos EUA

Cenas desesperadoras circulam na web.

Imagem: Reprodução

O avanço do grupo extremista Talibã em Cabul, capital do Afeganistão, provocou cenas de desespero nesta segunda-feira (16) no aeroporto local. Alguns moradores se agarraram nos trens de pouso dos aviões militares estadunidenses para tentar fugir do país.

Imagens veiculadas nas redes sociais e confirmadas por jornalistas que acompanham a caótica situação no aeroporto internacional Hamid Karzai , que está sob proteção militar dos EUA para a evacuação de diplomatas e cidadãos norte-americanos, mostram as pistas lotadas de pessoas em meio às aeronaves C-17 da Força Aérea.

A agência de notícias local Pajhwok publicou o vídeo de uma dessas aeronaves e o que parecem ser pessoas caindo. Além disso, há diversos relatos que os militares norte-americanos estavam dando tiros de advertência para tentar afastar os moradores das pistas de decolagens.

Assista ao vídeo:

O desespero ficou ainda maior quando, no fim da tarde do domingo (15), a autoridade nacional de aviação proibiu voos para fora do país e pediu que os moradores não fossem ao Hamid Karzai. Mas, o apelo foi em vão.

Desde o dia 7 de agosto, o Talibã conquistou dezenas de cidades e, neste domingo, invadiu a sede do poder em Cabul após o presidente, Ashraf Ghani, fugir da cidade para um local não conhecido.

O avanço ocorreu durante o período final da retirada das tropas militares estadunidenses, que deveriam ter sido concluídas em 31 deste mês, mas que está sendo acelerada desde ontem por conta da conquista de Cabul.

Em janeiro de 2019, ainda sob o governo de Donald Trump, os EUA firmaram um acordo com o Talibã para retirar todo o seu efetivo militar no que o republicano chamava de “guerra sem fim”. Ao assumir, um ano depois, o democrata Joe Biden confirmou a retirada de todas as tropas.

Os EUA invadiram o Afeganistão em 2001, com o apoio dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), após o ataque terrorista de 11 de setembro. Os militares da entidade já deixaram o território ainda em junho.

Via iG Brasil



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