Mulher faz ceia de Natal para moradores e cachorros de rua em cidade do Paraná

Ana Rita Pontes começou trabalho voluntário após passar datas comemorativas com o marido, que tratava câncer, no hospital. Sanduíches e doces foram distribuídos na noite desta terça (24).

Ceia foi servida na Praça Barão de Guaraúna, conhecida como Praça dos Polacos, em Ponta Grossa — Foto: Murilo Pontes/Arquivo Pessoal

Uma moradora de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, preferiu trocar a ceia de Natal no aconchego de casa para entregar comida para moradores e cachorros de rua da cidade. A ação foi feita na noite desta terça-feira (24).

Essa foi a primeira vez que Ana Rita Pontes resolveu fazer uma ceia natalina de rua. Ela e amigos distribuíram sanduíches de escabeche, além de arroz doce na Praça Barão de Guaraúna, no centro de Ponta Grossa.

Ana trabalha na Câmara Municipal de Ponta Grossa como funcionária pública durante o dia. Pela noite, faz caldos congelados para vender. Ela conta que há nove anos faz o trabalho voluntário.

“Volta e meia eu faço esse caldo para os moradores de rua também, mas desta vez o coração pediu para que fosse feito na noite de Natal”, conta.

A funcionária pública e cozinheira disse que começou o trabalho voluntário após passar datas comemorativas, como a noite de Natal, com o marido no hospital. Ele teve leucemia e perdeu a luta contra o câncer.

“Ele ficou cinco anos em tratamento. Às vezes ficava no hospital na noite de Natal e Páscoa. Eu via muito acompanhante sem ter o que comer. Quando eu perdi o meu marido eu resolvi começar a fazer comida para servir no hospital”, lembra.

Ana entregou comida para moradores de rua durante a noite de Natal — Foto: Murilo Pontes/Arquivo Pessoal

Solidariedade

Nesta noite de Natal foram servidos 100 pães, oito quilos de escabeche e 80 potes de arroz doce, além de ração para os cachorros. Ana relata que notou a solidariedade entre os moradores de rua.

“Eles pediam se poderiam repetir perguntando se não iria faltar para outra pessoa. A gente não está ali para julgar. Se todo mundo ajudar um pouquinho a gente não resolve o problema do mundo, mas ajuda”, diz.

Para a funcionária pública, o trabalho feito é como se fosse um presente de Natal que recebeu neste ano.

“É muito gratificante, porque a maioria das pessoas tem muita fome. Depois disso a gente se sente gratificada, com o coração repleto de amor. Não tem dinheiro que pague”, pontua.

Redação Tem com G1



Você tem que estar por dentro!
Assine nossa Newsletter e receba notícias e novidades no seu e-mail