Professora é morta a tiros pelo ex-marido no Paraná

Ela tinha medida protetiva contra o ex-marido, diz delegado

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Uma professora que foi morta a tiros em Pinhão, na região central do Paraná, tinha medida protetiva contra o ex-marido dela, segundo a Polícia Civil. O crime aconteceu nesta quinta-feira (22). O ex-marido, suspeito do crime, foi preso.

Franciely Aparecida Tavares, 33 anos, era professora em duas escolas da cidade. Ela foi morta no caminho para casa, enquanto voltava do trabalho para o almoço. Câmeras de segurança registraram o crime.

O ex-marido da professora, José Arildo Maron, tem 48 anos e é funcionário público. Após o crime, ele fugiu em uma motocicleta e se entregou em um posto da Polícia Militar (PM), em Guarapuava, também na região central, segundo a polícia.

De acordo com o delegado que acompanha o caso, Bruno Miranda, Franciely tinha medida protetiva contra o ex-marido desde setembro deste ano. Conforme o delegado, o suspeito confessou o crime durante o interrogatório.

“Por ciúme, por não aceitar o fim desse relacionamento, acabou matando a sua ex-esposa”, disse Bruno Miranda.

A Polícia Civil informou que o homem foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio e descumprimento de medida protetiva.

Na manhã desta quarta-feira (23), José Arildo Maron foi transferido de Guarapuava para Pinhão. Até a publicação desta reportagem, o suspeito não tinha advogado constituído.

Crime aconteceu no bairro São Cristóvão — Foto: Valdinei Ferraz/Blog de Pinhão
Crime aconteceu no bairro São Cristóvão – Foto: Valdinei Ferraz/Blog de Pinhão

Ciúmes

Familiares da vítima disseram que Franciely casou-se aos 15 anos com o suspeito. Os dois ficaram 18 anos juntos e se separaram há três meses. O casal tem duas filhas, de 13 e 16 anos.

A cunhada de Franciely, Patrícia Terezinha Svitalski, disse que o suspeito tinha ciúmes da ex-esposa.

“Ela dizia que tinha que andar com a cabeça abaixada na rua. Dizia que ele não deixava ela sair, restringia roupas”, disse.

Uma colega de trabalho de Franciely, que preferiu não se identificar, disse que a professora vinha sofrendo ameaças. “Ela estava infeliz nesse relacionamento e buscou dar um grito de liberdade”, contou.

A Escola Municipal Frei Francisco, onde a professora trabalhava, informou que as aulas foram suspensas e serão retomadas nesta quinta-feira (24).

A Prefeitura de Pinhão decretou luto oficial na cidade.

Redação Tem



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