Após estupro assassino embalou o corpo de Rachel Genofre em sacolas

De acordo com a polícia, o local do crime não é a rua Alferes Poli, como disse anteriormente o assassino

Foto: Arquivo pessoal

“Ele escolheu Rachel Genofre. Ele a visualizou em um dia, e no dia seguinte a capturou”, afirmou o delegado Marcos Fontes sobre o segundo depoimento de Carlos Eduardo dos Santos. Além disso, na coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (23), a equipe de investigação disse que os laudos apontam que a criança estava viva no momento do estupro.

No segundo depoimento, Carlos Eduardo dos Santos alegou novamente que mentiu para Rachel Genofre que era produtor de TV. “Ele visualizou ela, em um primeiro momento, pegando um ônibus. Em um segundo momento, ele teria convidado ela para acompanhar ele porque ele era um produtor”, disse a delegada Camila Cecconelo.

“Ele disse na abordagem ele demorou dez minutos para convencê-la a ir junto com ele. E diz que a Rachel falou algumas vezes: ‘preciso avisar meus pais‘. Ele fala que transporta ela de ônibus.”

No ônibus, ele disse em depoimento que a criança teria dito: ‘olha como é lindo o pôr-do-sol‘. Em seguida, ele pede para os delegados colocarem isso no interrogatório porque ele sabia que seria condenado pelo crime.

Novamente, o assassino disse que matou a criança porque ela reagiu de uma forma não esperada.

“Ele disse que assim que fechou a porta da kitnet, Rachel entrou em desespero, reagiu de uma forma inesperada…resistiu demais. Ele acabou se descontrolando e tapou a boca e o nariz dela, fazendo ela desmaiar e, em seguida, comete o ato sexual”, afirmou Cecconello.

De acordo com um laudo do Instituto de Criminalística, Rachel Genofre estava viva quando foi estuprada pelo seu assassino. “Depois que cometeu o ato, ele embala o corpo dela com sacolas e disse que fez isso porque, caso ela acordasse, ela seria sufocada. Agora, ele confirmou a versão e acrescentou que os plásticos eram para evitar que o sangue vazasse”

Sobre a mala utilizada para transportar o corpo da criança, Carlos Eduardo dos Santos disse que trouxe o objeto de São Paulo e que não comprou aqui. Sobre abandonar a mala na Rodoferroviária de Curitiba, ele disse que aguardou 15 minutos sentado até abandonar o corpo de Rachel Genofre embaixo da escada.

“A mala ele trouxe com ele de São Paulo e foi bem difícil de carregar a mala e afirma que entra com a mala na porta de trás do ônibus. Vai até determinado local, desceu em um ponto de ônibus e, em seguida, segue de táxi até a rodoferroviária.”

Assassino de Rachel é ‘mentiroso em série’

“Ele confessa o fato, mas conta histórias divergentes de como ocorreu o fato. Não sabemos se ele faz isso porque tem uma necessidade compulsiva de mentir ou se ele tem dificuldade de recordação do que aconteceu ou se ele está fazendo isso para brincar com a polícia“, disparou Cecconelo na coletiva de imprensa.

Segundo o delegado Marcos Fontes, a versão que ele não conhecia e não sabia o que estava fazendo, não convenceu os delegados e investigadores. Até a transferência do assassino de Rachel Genofre para o Paraná, a Polícia Civil confrontou as informações passadas pelo acusado. Diversas delas, segundo Fontes, não batiam.

“A pensão na Alferes Poli não é o local do crime, porque ele já havia saído da pensão quando matou a Rachel Genofre. Ele ficou no período do dia 1º de setembro ao dia 29. Além disso, Carlos Eduardo dos Santos pediu demissão do seu emprego, em São José dos Pinhais, no dia 10 de outubro.”

Segundo o delegado, onde ele estava morando e onde foi realizado o crime é objeto de indagação e investigação nesse momento. Ele ainda afirmou que existem alguns apontamentos de que Carlos Eduardo estaria morando no bairro Afonso Pena. Porém, como ele contradiz as informações passadas todo o tempo, o Fontes pede ajuda da comunidade.

“Por isso, pedimos a colaboração da população, para verificarmos se essa é uma versão verídica…Se essa versão pode trazer credibilidade.”

Por fim, o delegado afirmou que o assassino de Rachel deve ser indiciado por atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado por meio cruel; dificultar a defesa da vítima; e ocultação de outro crime.

Redação Tem com R7



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