Família contesta versão da PM sobre morte de entregador de pães na Warta

Homem não teria obedecido ordem de abordagem de policiais do serviço reservado.

Imagem: Arquivo pessoal

Familiares e amigos de Raul Vitalino Neto, de 33 anos, estão revoltados com a morte do entregador de pães durante um possível confronto com policiais militares na noite desta quarta-feira (16), nas proximidades do distrito da Warta, na região norte de Londrina.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), o rapaz conduzia um veículo Kombi e teria entrado em confronto após desobedecer uma ordem de abordagem. No entanto, a ordem teria partido de agentes do serviço reservado da polícia (P2) em um carro descaracterizado com o auxílio de policiais da Rotam. Raul estava sendo monitorado após denúncias de que o motorista de uma Kombi, com as mesmas características, faria a entrega de uma espingarda na cidade de Bela Vista do Paraíso, na região metropolitana de Londrina. A denúncia foi encaminhada aos agentes do serviço de inteligência da PM de Rolândia, também região metropolitana. Segundo os PMs que faziam o monitoramento, o veículo continha as mesmas características do veículo denunciado.

Imagem: Reprodução/PMPR

Na noite desta quarta-feira, os agentes seguiam o rapaz, quando foi iniciado uma perseguição depois dele não atender às ordens de abordagem. O acompanhamento aconteceu até uma estrada de terra e sem iluminação, nas proximidades da Warta. Duas armas foram encontradas no interior do veículo, sendo um revólver calibre 32 e uma espingarda calibre 12.

Imagem: Reprodução/TemWhats

Familiares e amigos comprovam que o rapaz trabalhava com a entrega de pães, principalmente na região norte da cidade. Eles contestam a versão da PM e afirmam que Raul não tinha envolvimento com crimes. Também contestam as armas localizadas no veículo.

Já a Polícia Militar afirma que o rapaz saiu do veículo apontando um revólver para os agentes.

A Polícia Civil deve abrir uma investigação sobre o caso.

Socorristas do SIATE e do SAMU chegaram a ser acionados, mas Raul já estava sem vida. O Corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).

O rapaz deixou um filho pequeno.

Redação Tem



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