- Jornalismo
- 13 de setembro de 2024
VPN grátis x VPN paga: como escolher a melhor e por que isso importa

Com o recente bloqueio da rede social X no Brasil, nunca se falou tanto em VPN no país. Esse tipo de serviço oferece a possibilidade de acessar sites na internet de maneira mais segura, por meio de uma conexão com uma rede virtual privada, com comunicações criptografadas. Além disso, VPNs permitem navegar anonimamente na internet.
Esse anonimato é garantido “camuflando” o endereço de IP (um número identificador de cada dispositivo virtual). Ao permitir a conexão com servidores em outros países, fica viável ultrapassar bloqueios geográficos – como aquele imposto pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal ao X no Brasil.
Apesar de o inquérito prever uma multa de R$50 mil diários para quem usar uma VPN para acessar o X no território nacional, essa tecnologia ainda é legal para o acesso geral, com todos os benefícios mencionados acima.
Porém, resta a dúvida de qual marca de VPN escolher dentre dezenas de opções grátis e pagas.
O barato sai caro?
Em opções gratuitas, não é incomum constatar que a VPN não conecta. É um revés técnico e compreensível: não dá para ignorar que uma empresa sustentada por clientes pagantes regularmente tende a ter maior capacidade de investimento do que outra que depende de tráfego de anúncios e outras fontes de receita menos estáveis.
Mais do que isso, a limitação de servidores pode não apenas ser de capacidade, mas também numérica. Significa que a disponibilidade de servidores tende a ser reduzida nos serviços sem custo.
Muitas vezes apenas há opções sediadas em locais mais distantes, o que aumenta o tempo necessário para a comunicação de dados e, portanto, diminui a velocidade de conexão.
Fontes de renda alternativas
Se toda empresa tem fins lucrativos, como as VPNs grátis conseguem dinheiro? Serviços gratuitos virtuais inspiram um ditado famoso de que, se o serviço é grátis, provavelmente o cliente é o produto. No contexto da internet atual, isso geralmente quer dizer que os dados dos usuários são coletados, processados e comercializados de alguma maneira a terceiros.
Por incrível que pareça, muitas empresas de VPN grátis praticam esse modelo de negócio. A privacidade, que deveria ser o maior ativo do serviço, fica comprometida dessa maneira.
Outros serviços VPN grátis não compartilham dados, mas usam sua interface como “vitrine” para anunciantes. Esse tipo de publicidade é outra fonte alternativa de renda para essas empresas, e pode ser inconveniente ou apenas pouco agradável para a experiência do usuário.
Escolha entre VPNs pagas
Sabendo que VPNs grátis não são boas opções, como escolher uma boa VPN paga? Compare sempre os preços e a quantidade de serviços oferecidos.
Hoje em dia, muitas VPNs agregam outras funções de cibersegurança e privacidade, como programas antivírus, bloqueadores de anúncios e de rastreadores online, rede Mesh e outros.
Não deixe de verificar, dentre as marcas de VPN que considera contratar, qual é o padrão de criptografia usado para codificar os dados. O padrão de referência desejável costuma ser um protocolo criptográfico de 256-bit.
Também analise se os serviços registram sua atividade online. Essa prática difundida por serviços grátis também é conduzida por alguns serviços pagos e diminui a privacidade do usuário. Idealmente, informações da máquina e outros dados de acesso do usuário não devem ficar salvos nos servidores da empresa de VPN.
Por fim, entenda o tamanho da rede VPN e por onde ela se espalha. Isto significa saber quantos servidores a empresa coloca à disposição e se há uma boa quantidade deles disponíveis em localidades próximas ou países vizinhos. Assim, a velocidade de conexão e a usabilidade tendem a ser melhores.
Redação Tem com Assessoria



