Filha única, jovem assassinada em Bariri se casaria em janeiro

Mariana Forti Bazza desapareceu depois de sair da academia de ginástica e aceitar a ajuda de um estranho para trocar um pneu do seu carro

Foto: Reprodução/Instagram

Familiares e amigos da universitária Mariana Forti Bazza, de 19 anos, assassinada na terça-feira (24/09/2019) depois de aceitar ajuda de um estranho para trocar um pneu do carro, em Bariri, interior de São Paulo, descrevem a jovem como uma pessoa amorosa, cheia de planos e de bem como a vida. “Ela era voluntariosa e simpática ao mesmo tempo, uma menina alegre, vaidosa e cheia de vida. Ela tinha um coração muito bom, ajudava a todos, não via maldade nas pessoas”, disse Jessylen Vianna, irmã do namorado de Mariana, Jefferson Vianna.

Ela conta que os dois namoravam há dois anos e pretendiam se casar e morar juntos, em Santos, onde ele trabalha na Marinha do Brasil. A mudança dela para a cidade litorânea estava prevista para janeiro.

A amiga Patrícia Fernandes, que frequentava a mesma academia de ginástica, descreve Mariana como uma pessoa amável. “Estava sempre sorrindo, parece que não tinha tempo ruim. Até chorei quando acharam o corpo. Podia ter acontecido comigo, com alguém da família. Foi uma coisa brutal, inexplicável”, lamentou.

Mariana desapareceu na manhã de terça, depois de sair da academia de ginástica e aceitar a ajuda de um estranho para trocar um pneu do seu carro, que havia murchado. O corpo foi encontrado no dia seguinte, em um canavial de Ibitinga, cidade próxima.

Imagens de uma câmera de segurança mostraram quando a jovem foi abordada pelo pintor Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, ex-presidiário, condenado por sequestro e estupro, entre outros crimes, que tinha saído havia um mês da prisão. Ele foi preso no mesmo dia do crime.

Foto: Reprodução

Luto e comoção

Na cidade de 35 mil habitantes, a morte de Mariana causou comoção. O prefeito Francisco Leoni Neto (PSDB) decretou oficial por três dias no município. A academia Cross, onde a jovem fazia ginástica, não abriu nesta quinta-feira (26/09/2019) “em razão de luto”. Funcionários foram dispensados para acompanhar o velório da jovem.

No Centro Universitário Sagrado Coração (Unisagrado), em Bauru, onde Mariana cursava o segundo ano de fisioterapia, as aulas foram suspensas e foi celebrada uma missa, na noite de quarta, em que houve apelos contra a violência. Em nota, a faculdade manifestou tristeza e se solidarizou com a família e colegas de turma enlutados.

“Infelizmente, um sonho, um futuro, uma mente, um coração jovem foi perdido! Essa ruptura dolorosa impõe a reflexão sobre o que a sociedade precisa fazer pelos seus jovens e reafirma o importante papel das instituições de ensino como promotoras de um mundo em que as esperanças e entusiasmos não deem espaço para a precariedade, que gera o medo”, diz a nota.

Pesar nas redes sociais

Em redes sociais, entre centenas de mensagens de repúdio e ódio ao autor do crime, amigos, conhecidos e pessoas que não conheciam a família manifestaram pesar e solidariedade. “Deus conforte o coração de todos e amenize essa dor. Nós, mães, estamos de luto. Descansa em paz, Mariana”, escreveu Silvia Eldécio Crespi.

“O céu de Bariri chora junto com todos nós! É difícil acreditar que um ser humano seja capaz de tanta crueldade e frieza. Mari não dá para acreditar, tão jovem, tão linda, amiga, com a vida toda pela frente! Quero me lembrar de você sorrindo!” postou Isabela Carvalho.

Redação Tem com Metrópoles



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