Morgan Freeman, que já propôs não falar sobre racismo, mudou de ideia

Foto: Reprodução

O ator estadunidense Morgan Freeman, exaltado pela direita em datas como o Dia da Consciência Negra por ter dito em 2012, em outras palavras, que todos eram iguais, mudou de ideia sobre essa reflexão, mas poucos sabem disso e o ator continua sendo lembrado pela mesma fala.

Questionado sobre “como acabar com a racismo”, em uma entrevista ao programa “60 minutes”, há oito anos, Freeman respondeu que bastava apenas pararmos de falarmos nele. Bastava que “nós parássemos de dividir as pessoas por cores, preto, branco, amarelo…”.

Em junho deste ano, porém, o ator aderiu ao movimento Black Lives Matter, dos Estados Unidos, e começou a usar suas redes sociais para dar corpo a um projeto: que seus seguidores negros contassem suas histórias de racismo sofrido.

“Tem sangue negro nas mãos todos os que compartilham a antiga e irresponsável fala do ator. Quando seus argumentos ainda não haviam sido vencidos pelos fatos”, comenta o colunista Dodô Azevedo, que escreve sobre o tema. “E a maioria que o faz, procure nas redes, são de brasileiros brancos”, diz ele.

“A pergunta que fica é: por qual motivo há, no Brasil, neste dia, neste exato momento, mais pessoas, de todas as cores, compartilhando em redes sociais a fala da qual Morgan Freeman já se arrependeu, do que pessoas, também de todas as cores, na frente do supermercado Carrefour onde João Alberto foi assassinado?”, questiona o jornalista e escritor.

Redação Tem



Você tem que estar por dentro!
Assine nossa Newsletter e receba notícias e novidades no seu e-mail