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Especialista da PUCPR tira dúvidas de leitores do TEM sobre coronavírus

Infectologista tirou dúvidas frequentes dos leitores – Foto: Tem/Arte

Com os casos confirmados de coronavírus do país, aumenta o risco de transmissão da doença, principalmente nos grandes centros. O Brasil chegou a 531 casos suspeitos nesta quinta-feira (05).

Nos últimos dias, vários leitores enviaram mensagens via redes sociais e no TemWhats com perguntas sobre a doença. Para saber um pouco mais sobre o tema, o TEM ouviu o Dr. Daniel Hideo Kakitani, médico infectologista e professor de medicina da PUC Londrina, que explicou as principais dúvidas. Confira:

Qual a diferença entre uma gripe comum e o novo coronavírus?

Dr: O novo coronavírus como toda nova cepa viral possui uma capacidade de replicação levemente maior em relação a gripe sazonal, além de ser mais letal para um grupo específico.

O que devemos fazer para nos protegermos?

Dr: Como a transmissão é de pessoa a pessoa, manter a higiene básica e a constante lavagem de mãos, são essenciais para a proteção.

Muitas pessoas pensam em cancelar viagens à Europa, especialmente para a Itália, ou viagens internacionais. Ou deixando de programar viagens para daqui a alguns meses. O que é melhor fazer?

Dr: As áreas afetadas estão bem definidas, e as áreas de risco estão sendo monitoradas ou isoladas, assim, é possível definir regiões específicas. Sendo assim, se a viagem não for para algum destes locais em isolamento, o risco será o mesmo que qualquer outro local não afetado, como por exemplo, o Brasil.

Quais são os grupos de risco?

Dr: Analisando os casos e vírus similares como o influenza A, o influenza H1N1 e o rinovírus, foi constatada a probabilidade mais frequente do contágio em populações imunossuprimidas, pessoas de extremos de idade (crianças e idosos) e gestantes.

Quem precisa ou deseja viajar para outros países onde já há o vírus, quais cuidados deve ter durante a viagem?

Dr: É sempre bom ter atenção a higienização das mãos, além dos cuidados básicos. A transmissão do vírus acontece pela ingestão ou contado de mucosas com gotículas de saliva de alguma pessoa doente, caso não haja esse contato não haverá transmissão.

Existe, hoje, motivos para pânico? Para que os londrinenses comprem álcool em gel e máscaras?

Dr: No momento não. A máscara deve ser usada pela pessoa doente ou por quem for cuidar de algum paciente com os sintomas. Lembrando que sempre que ficar úmida, ela perde a capacidade protetora, assim deve ser trocada. É importante ter muito cuidado na hora de retirar a máscara, pois pode contaminar a mucosa. Portanto, é importante dizer que se deve usá-la somente nestes casos. O álcool gel, no entanto, é uma boa alternativa e, claro, deve-se lavar as mãos sempre, mas sem exagero. A lavagem das mãos precisa ser feita com água e sabão.

Em Londrina, até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde fez a confirmação de um caso suspeito. Trata-se de uma jovem, que chegou recentemente da Alemanha e estaria aguardando os resultados dos exames em isolamento domiciliar.

Redação Tem


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