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Estudo com vacina de Oxford é suspenso após reações adversas

Foto: Reprodução/Reuters

O estudo da Fase 3 que está testando a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em dezenas de locais nos Estados Unidos e também no Brasil foi suspenso devido a uma suspeita de uma forte reação adversa em um voluntário no Reino Unido.

Apesar da paralisação do estudo, ele poderá retornar quando o problema for identificado e solucionado.

Um porta-voz da farmacêutica AstraZeneca, pioneira na corrida por uma vacina para a covid-19, disse em um comunicado que o “processo de revisão padrão da empresa acionou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”.

De acordo com a publicação, ainda não se sabe quem tomou a decisão de suspender os teste, embora seja possível que tenha sido a própria AstraZeneca, e não, qualquer agência reguladora.

Já a reação adversa e quando ela aconteceu também não foram publicados, embora o participante deva se recuperar, de acordo com uma fonte familizarizada com o assunto.

“Excesso de cautela”

O porta-voz descreveu a pausa como “uma ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos testes, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes”.

Ainda de acordo com o porta-voz, a empresa farmacêutica está “trabalhando para agilizar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste”.

Uma outra fonte próxima do desenvolvimento da vacina disse que os pesquisadores foram informados de que o bloqueio foi colocado no teste por “excesso de cautela”.

Um segundo indivíduo familiarizado com o assunto, que também falou sob condição de anonimato, disse que a descoberta está tendo um impacto em outros testes da vacina AstraZeneca em andamento – bem como nos testes clínicos conduzidos por outros fabricantes de vacinas.

Vacina russa

Ao contrário da vacina inglesa, o imunizante da Rússia, na semana passada, teve seu resultado publicado pela prestigiada The Lancet, garantindo que a vacina gerou resposta imune ao vírus, e iniciou uma nova fase fase de testes que visa contar 40 mil participantes.

Foto: Reprodução

“Os dois testes de 42 dias – com 38 adultos saudáveis – não encontraram nenhum efeito adverso sério entre os participantes e confirmaram que a vacina provocou nos candidatos uma resposta de anticorpos”, afirma o estudo. “Ensaios grandes e de longo prazo, incluindo uma comparação com placebo, e monitoramento adicional são necessários para estabelecer a segurança e eficácia em longo prazo da imunização.”

A vacina recebeu o nome de Sputnik V em homenagem ao primeiro satélite do mundo, lançado pela União Soviética em outubro de 1957. Especialistas ocidentais alertaram contra seu uso até que tenham sido tomadas as medidas regulatórias e o produto tenha passado pelos testes aprovados internacionalmente.

O Governo do Paraná firmou uma parceria com o país, e deve iniciar os testes no estado em 30 dias. Aqui, serão 10 mil voluntários na fase de testes com os paranaenses.

De acordo com o Tecpar, órgão que ficará responsável por produzir e distribuir a vacina no estado, se os exames tiverem sucesso, o imunizante poderá ser distribuído já no início de 2021.

A vacina deve ser a primeira do mundo com aprovação para inibir a ação do coronavírus.

Redação Tem com R7


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