O que pretendo ler em 2018?

Temos a vida corrida, cheia de compromissos e, até, situações inesperadas acontecessem.  Contudo, espero este ano conseguir colocar minhas leituras de fruição em dia, para ampliar meu repertório literário e conhecer autores que ainda não conheço.

Foto: Divulgação

Inicialmente, a proposta consistia em ler um livro a cada mês, mas estamos em abril e confesso que ainda não dei conta. Porém, o importante é cumprir a meta até o final do ano, uma vez que temos livros com leituras mais fluidas e outros que exigem um esforço extra do leitor. Vamos à lista! Ah, pretendo elaborar resenhas das leituras realizadas também. Desta forma, espero contribuir para o despertar literário em algumas pessoas.

1 – Capitães de Areia, de Jorge Amado

Sempre tive vontade de ler algo de Jorge Amado, mas nunca tive a oportunidade. Ano passado minha curiosidade em ler algo do escritor baiano foi aguçada durante as aulas da disciplina de Tópicos em Literatura, em que pude perceber a grandiosidade da literatura produzida por Jorge Amado, seu conhecimento cultural e, principalmente, suas doses cavalares de crítica à sociedade. Cheguei a iniciar a leitura, mas não consegui concluí-la.

2 – Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi

As resenhas sobre a obra de Chimamanda Ngozi despertam a vontade em conhecer usa literatura. Amigos me indicaram a leitura afirmando ser uma experiência agradável, leve, reflexiva e com uma história bem construída. Chimamanda é uma autora nigeriana e seus livros conquistaram notoriedade no cenário literário. Um dos seus vieses ao compor seus livros é a defesa dos direitos das mulheres.

3 – Enterre seus mortos, de Ana Paula Maia

A escritora carioca foi uma grata surpresa literária do ano de 2017. Tive o prazer de ler Entre Rinhas de cachorros e Porcos Abatidos e fiquei encantada com a mordacidade de sua escrita que parece macabra, às vezes, uma vez que a autora não faz rodeios para contar a realidade de sujeitos explorados, de  índoles duvidosas e que buscam a sobrevivência diária a qualquer custo.

4 – Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Esta é uma das obras primas da leitura brasileira e pretendo lê-lo, desta vez por completo, este ano. Um dos capítulos mais emblemáticos e emocionantes é a morte da cachorra Baleia. Graciliano nos mostra a severa realidade dos sujeitos em meio à seca, à fome e às desgraças da vida.  Lembro-me que chorei ao ler o capítulo acerca da morte de Baleia. Espero que essa emoção esteja presente mais uma vez ao ler este livro.

5 – As Intermitências da morte, de José Saramago

José Saramago é um dos mais renomados autores portugueses e conhecer sua literatura é um dos meus anseios. A proposta de Saramago é permitir nossa reflexão sobre a morte e como ela interfere e está presente na sociedade.

6 – Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo.

A literatura afro não poderia ficar de fora de minha lista. Conceição Evaristo é um nome de referência, quando se aborda a temática da literatura afro e também de autoria feminina. A escritora mineira é professora e foi recentemente ovacionada durante sua participação na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip). Nesta edição do evento o homenageado foi o escritor Lima Barreto, um momento de grande representatividade para a literatura e, sobretudo, aos negros.

7 – Cem anos de Solidão, de Gabriel García Márquez

Já tentei ler este livro uma vez, mas como meu nível de leitura não estava maduro o suficiente para compreender a obra. Hoje acredito estar preparada.  A obra do escritor colombiano é considerada uma das mais importantes da literatura latino-americana.  O romance já foi traduzido para 36 idiomas e já foram vendidas mais de 50 milhões de exemplares.

8 – Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

Uma de minhas amigas me disse essa frase “Viviane, tive que parar de ler o livro, pois cheguei a questionar meus valores morais”. Quando a Marisa me falou isso, coloquei-me a questionar: Por que será que ela se sentiu assim? Fui ler resenhas e fiquei ainda mais instigada a ler. Considerado um dos maiores romances da história, desde o início da narrativa descobrimos o teor psicológico que o livro trará, ao mostrar um assassino como personagem principal. Quero descobrir os meandros de Crime e Castigo, e assim que lê-lo conto a vocês minha experiência com a leitura deste livro.

9 – O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger.

O narrador da história é Holden Caulfield, um jovem de 17 anos, que conta um acontecimento vivido por ele aos 16 anos. Este livro é uma indicação de um querido amigo e quero descobrir os aprendizados que essa história irá me proporcionar.

10 – O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde

Oscar Wilde utiliza-se do mito de Narciso para compor sua narrativa. Nela Dorian Gray é um rapaz muito bonito e bom, mas que não tinha noção do tamanho de sua beleza, até que um dia tem sua imagem pintada em um retrato e acaba se apaixonando por si mesmo. Com isso, sua alma acaba aprisionada no retrato e suas más ações (que serão frequentes) serão revertidas e deformando a pintura.

11 – Madame Bovary, de Gustave Flaubert.

Além de um clássico, este livro foi considerado uma afronta à moral religiosa e aos maus costumes na época em que foi publicado em 1857, na França. Emma Bovary é a personagem principal dessa narrativa, uma jovem sonhadora, uma leitura assídua das histórias de amor e uma senhora casada. O grande salto para o desenrolar da história de Emma acontece depois de sua participação em um baile na corte francesa. Ali, Madame Bovary percebe que sua vida era monótona. Com isso, passa a ter vários casos extraconjugais. Imagem o escândalo: uma sociedade burguesa baseada em aparências e com doses de hipocrisia e uma mulher que decide ser a dona de suas atitudes e vontades. Uma leitura que precisa ser feita!

12 – Lucíola, de José de Alencar

E para terminar a lista, vou concluí-la com minha paixão literária: José de Alencar. Lucíola é o único romance da tríade feminina de Alencar (Diva e Senhora são os outros títulos) que ainda não li. Neste livro temos a história de Lucíola e Paulo. Lucíola é uma cortesã e Paulo um rapaz do interior que veio para o Rio conhecer a Corte. Já imaginou? Vou descobrir como termina essa história e conto para vocês.

Espero que tenham gostado da lista. Quer me indicar alguma leitura? Fique à vontade. A proposta da coluna é ampliarmos juntos nossos gostos e descobertas literárias.

Super beijos da Preta!

Até a próxima.

Viviane Alexandrino

Jornalista com experiência como repórter, assessora de imprensa e comunicação. Apaixonada por futebol e literatura, enlouquecida por séries e cinema, curiosa por excelência e quem sabe uma futura Youtuber de sucesso.


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