O presidente Jair Bolsonaro foi eleito o “corrupto do ano” pela Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP). A entidade reúne jornalistas investigativos e estudiosos na denúncia do crime organizado internacional. A OCCRP diz que Bolsonaro ajudou a promover a corrupção e o crime organizado ao minar o Judiciário, usar propaganda para promover uma agenda populista e se rodear de figuras corruptas.

O presidente venceu por pouco o prêmio pouco elogioso. Os líderes dos EUA, Donald Trump, e da Turquia, Recep Erdogan, foram os outros finalistas.

“A família Bolsonaro e seu círculo parecem estar envolvidos em uma conspiração criminosa”, diz Drew Sullivan, editor da OCCRP e um dos jurados do painel. “Esta é a definição nos livros de crime organizado”, afirmou.

A entidade lista investigações contra Flávio e Carlos Bolsonaro e a divulgação de notícias falsas de aliados do irmão Eduardo. O texto também destaca a proximidade de Bolsonaro com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que foi preso. A publicação ainda aponta o aumento do desmatamento na Amazônia para justificar a “vitória” do presidente.

Os presidente Rodrigo Duterte, das Filipinas, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Vladimir Purtin, da Rússia, já foram indicados pela OCCRP como mais corruptos em anos anteriores.