‘O certo a se fazer’, diz prefeito de Bela Vista sobre lockdown
"Cada dia é alguém que a gente conhece que morre. Como somos uma cidade pequena, todo mundo se conhece e isso tem sido muito doloroso", confessa o prefeito.
Depois de uma semana do que ficou conhecido como ‘lockdown de verdade’, a cidade de Bela Vista do Paraíso, na região metropolitana de Londrina, passou para a fase 2 do plano de restrições, que é mais brando. O município foi o primeiro do Paraná a adotar a forma mais rígida e eficaz de restrição com o objetivo de conter a contaminação pelo novo coronavírus.
Segundo o prefeito de Bela Vista do Paraíso, Fabrício Pastore (DEM), conhecido como Jacaré, a decisão de um fechamento total foi necessária devido ao agravamento da pandemia no município. Porém, o melhor resultado só seria garantido caso todas as cidades da 17ª Regional de Saúde tivessem aderido a paralisação. O prefeito acredita que a decisão vai refletir nos próximos dias, na diminuição dos casos de contaminação na cidade.
Ele aponta sobre a importância da decisão tomada no munícipio, mas lamenta o fato de que outras cidades da região também não aderiram à medida, inclusive, Londrina, que é a principal cidade.
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“Foi muito importante o que fizemos, deveria ter servido de exemplo, mas faltou a adesão de mais municípios. Inclusive, o principal deles, é Londrina”, comenta.
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Apesar de ser uma cidade pequena, com cerca de 15 mil habitantes, os números da pandemia no município assustam. Só nesta terça-feira (23), foram mais 11 óbitos e o total já é de 39 vidas perdidas. “Não foi fácil tomar essa decisão, mas era o certo a se fazer. Estamos perdendo muita gente, cada dia é alguém que a gente conhece que morre. Como somos uma cidade pequena, todo mundo se conhece e isso tem sido muito doloroso”, confessa o prefeito.
Mesmo com a passagem para uma fase de restrições mais leves, o prefeito diz que a fiscalização vai continuar na cidade para garantir o cumprimento das medidas. Jacaré também faz um apelo à população, reforçando que os cuidados serão necessários enquanto a vacinação em massa não acontecer.
“Nossos fiscais continuam nas ruas, mas eu peço para que a população cumpra as determinações de forma voluntária, para que não seja preciso intervenção. Temos que aguentar até que todos sejam vacinados. Apesar da inércia muito grande do governo federal para garantir isso a todos, precisamos acreditar, é nossa única saída”.
Atualmente, o município registra 1.350 casos confirmados e 106 casos ativos da doença.
Redação Tem
