Londrina soma 5 óbitos por dengue em 2021; total de casos é 2.082
Principal local de foco ainda é no quintal das casas, afirma a Prefeitura.
A prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou, nesta sexta-feira (30), o relatório epidemiológico atualizado sobre a situação da dengue na cidade. Do início do ano até agora, foram registradas 9.508 notificações relacionadas à dengue, das quais 2.082 estão confirmadas, 2.993 descartadas e 3.874 encontram-se em análise, aguardando o resultado de exames. Londrina também contabiliza cinco óbitos, no período, em decorrência da doença.
O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, informou que a SMS intensificou as vistorias realizadas pelos agentes de endemias nos bairros onde foi detectado aumento na incidência de casos suspeitos de dengue. “Essas atividades contemplam desde a visita de rotina, com orientações e eliminações de possíveis criadouros do vetor, incluindo a aplicação de inseticida com a UBV pesada, por meio do fumacê”, disse.
Machado lembrou que o município também prossegue com o mutirão “Bota Fora Unidos Contra a Dengue”, realizado em parceria com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Nesta ação é recolhido todo material sem serventia ou que seja capaz de acumular água. A SMS orienta e entrega sacos para a população colocar tudo que possa propiciar o desenvolvimento do vetor para, na data combinada, colocar nas calçadas para que os caminhões da CMTU passem recolhendo os materiais.
“Temos que destacar que 99% dos focos encontrados estão nos quintais, dentro de objetos em desuso, que acumulam água da chuva, como vasos de plantas e bebedouros de animais. O vetor transmissor da dengue tem preferência por estar onde tem circulação humana, pois assim ele encontra alimentação (sangue) e local para dar continuidade à sua espécie, fazendo a desova”, salientou o secretário.
Outra atividade intensificada, pela SMS, é a realização dos atendimentos nos casos suspeitos de arboviroses, ou seja, quando uma unidade de saúde notifica um paciente com suspeita de dengue, a sua ficha de notificação chega até a equipe da endemias, para que assim, rapidamente, o município envie uma equipe para fazer a realização do “bloqueio de circulação viral”. Nesta atividade, é feita a busca de outros sintomáticos e a eliminação de possíveis criadouros de vetores, concomitante com a aplicação de inseticida, com o objetivo de que a circulação viral não se estenda.
Dicas
A SMS elaborou três dicas de cuidados individuais, para que a população possa se proteger da picada do Aedes aegypti. A secretaria esclarece que o mosquito da dengue não nasce contaminado. Para que haja a contaminação, ele precisa picar um indivíduo contaminado. Na sequência, ele pica outra pessoa, transmitindo a doença. Por isso, é muito importante que nas regiões em que já estão ocorrendo casos suspeitos ou confirmados de qualquer uma das arboviroses (Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela), cada pessoa realize algumas ações preventivas. Tais como:
– Uso de telas de proteção contra insetos nas portas e janela dos imóveis. A tela deve ser de cor cinza, que reflete menos a luz à noite, para não atrair outros insetos. O tamanho do buraco (bitola) da tela deve ser de 1mm (um milímetro). O uso de telas, bem como de mosquiteiros, a longo prazo é mais vantajoso, por isso deve ser sempre a prevenção de primeira escolha.
– Uso de mosquiteiro. Todas as camas devem ter mosquiteiro. Ele deve ser de microtule ou equivalente com o tamanho do buraco (bitola) de 1mm. Pacientes notificados e/ou positivos para arboviroses devem obrigatoriamente fazer uso desta proteção individual, para não atuarem como transmissores da doença para o Aedes.
– Uso de repelente aplicado ao corpo. O Aedes suga o sangue dos humanos durante o dia, preferencialmente no período da manhã e no final da tarde. A indicação é que o repetente seja aplicado até três vezes ao dia (aplicações extras devem ser feitas somente sob orientação médica). A orientação é aplicar o repelente uma vez no período da manhã, a segunda aplicação após o almoço, e a terceira no final da tarde. Mulheres grávidas e crianças devem procurar orientação de seu médico, para usar o produto. O paciente suspeito ou confirmado com qualquer arbovirose transmitida pelo Aedes precisa estar consciente que ele representa um risco real para as pessoas a sua volta, portanto é imprescindível fazer o uso do repelente.
Redação Tem com N.Com