Serial killer de gays é preso no PR; pretendia matar um por semana, diz polícia

Homem é acusado de matar homossexuais no Paraná e em Santa Catarina.

Imagem: Reprodução/PCPR

O homem suspeito de matar três homossexuais no Paraná e em Santa Catarina, foi preso neste sábado (29), em Curitiba. De acordo com a Polícia Civil, durante o depoimento, ele revelou que planejava matar um homem homossexual por semana. José Tiago Corrêa Soroka, de 32 anos, considerado pela investigação como um serial killer, teria afirmado que só parou de praticar os crimes após a divulgação das imagens dele na imprensa.

Segundo as investigações, o acusado confessou a morte de um professor universitário de 36 anos, em Abelardo Luz, em Santa Catarina, em 17 de março; de um enfermeiro de 30 anos, em 30 de abril, e de um estudante de medicina de 25 anos, em 5 de maio.

Os dois últimos crimes aconteceram em Curitiba.

Ainda, de acordo com a polícia, ele também confessou a tentativa de homicídio contra uma quarta vítima, também homossexual, em 11 de maio, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Foi através desse crime que a polícia começou a investigá-lo.

Os crimes pararam de acontecer, segundo a investigação, depois que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgou a imagem do suspeito. Ele contou que ficou com medo de ser reconhecido por eventuais novas vítimas e parou de cometer os crimes.

José Tiago Soroka contou aos policiais que tinha a pretensão de matar uma vítima por semana porque o dinheiro e bens levados das vítimas duravam poucos dias. Todas as mortes aconteceram às terças-feiras. Ele também explicou aos policiais que encontrava os alvos em aplicativos de relacionamento.

“Ele não marcava data. As terças-feiras eram coincidência, mas se programou para fazer um homicídio por semana para se manter financeiramente com o que pegava de pertences. Disse que estava gastando muito com drogas. Como durava apenas uma semana, precisava matar para roubar”, comentou delegado Thiago Nóbrega, em entrevista ao Portal UOL.

O suspeito não quis informar a motivação para escolher vítimas homossexuais, mas a análise psicológica preliminar da Polícia Civil apontou que Soroka tem “algum trauma não resolvido”.

“Acreditamos que escolhia homens gays por algum trauma não resolvido. Nas palavras de um psicólogo que acompanhava o depoimento, ‘ele matava fora o que o matava por dentro’. Escolhia as vítimas homossexuais para matá-las mesmo e se aproveitava das mortes para roubá-las. Em nenhum momento optou por mulheres, homens heterossexuais ou idosos. Deu a impressão de que gostava de matar [homens gays]”, detalhou Nóbrega.

O acusado ainda não tem advogado de defesa constituído. Segundo a polícia, ele disse que “não fazia questão” de um defensor “porque iria confessar tudo”. Ele tem mandado de prisão é temporário por 30 dias, podendo ser convertido em preventivo até o julgamento.

“Ele disse que tem outras vítimas, mas que não falaria se a gente não estivesse investigando. Só quis comentar sobre as que sabia da existência de uma investigação. É bem frio e calculista”, frisou o delegado.

Redação Tem com UOL