MP pede que escolas de Londrina e Tamarana exijam vacinação

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) expediu recomendações administrativas com orientações sobre a vacinação de crianças e adolescentes em Londrina e Tamarana. Os documentos são assinados conjuntamente por três Promotorias de Justiça de Londrina (10ª e 22ª, ambas com atuação na área dos direitos da criança e do adolescente, e 24ª, de proteção à saúde pública).
As recomendações são dirigidas aos Municípios (nas pessoas de seus prefeitos), às respectivas Secretarias Municipais de Educação, ao Núcleo Regional de Educação e aos Conselhos Tutelares de cada cidade.
Conforme o teor dos documentos, cabe aos destinatários garantir que seja exigida pelas escolas localizadas nos municípios, tanto públicas quanto privadas, a carteira de vacinação completa dos estudantes no ato da matrícula — incluindo a imunização contra a covid-19.
Se os pais ou responsáveis não comprovem a vacinação, deve ser-lhes dado prazo máximo de 30 dias para regularização. Caso isso não aconteça, o fato deve ser comunicado ao Conselho Tutelar da cidade. Já os Conselhos Tutelares devem notificar os pais ou responsáveis que não apresentaram o comprovante de vacinação para orientá-los quanto à obrigatoriedade de fazê-lo e, em caso de descumprimento, comunicar o fato ao Judiciário ou ao Ministério Público para as providências cabíveis, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Em Londrina, até o momento, apenas 20 mil de aproximadamente 45 mil crianças aptas a serem vacinadas, receberam a primeira dose do imunizante contra a covid-19.
Matrículas garantidas
A exigência da vacinação completa atualizada para estudantes é prevista na Lei Estadual 19.534/2018, e a constitucionalidade da obrigatoriedade de imunização de crianças e adolescentes foi reconhecida em decisão do Supremo Tribunal Federal. A despeito disso, aponta o MPPR nas recomendações, em qualquer circunstância, não pode ser impedida a matrícula ou a frequência da criança ou adolescente pela escola.
As prefeituras de Londrina e Tamarana ainda não se manifestaram sobre o tema.
Redação Tem com MPPR