Acusado de estuprar e matar enteada vai a Júri nesta terça em Londrina
Menina tinha apenas nove anos na época do crime e foi morta para não contar sobre os abusos para a mãe.
Será julgado nesta terça-feira (7), às 9 horas, no Tribunal do Júri em Londrina, o réu Sandro de Jesus Machado, acusado de estuprar e matar sua enteada Sara Manuele Silva, que tinha apenas 9 anos. Ela foi morta no dia 20 de julho de 2019, e o corpo encontrado no dia seguinte, mesma data em que o réu foi preso. Ele permanece detido desde então.
A criança foi encontrada morta e com sinais de estupro em um matagal perto de sua casa, segurando uma nota de cinco reais. De acordo com informações do Ministério Público, Sandro já teria abusado sexualmente da menina por diversas vezes e a matou para encobrir os crimes sexuais que cometeu. Ele afirmou que estava embriagado e sob efeito de cocaína e que por isso matou a vítima, pois perdeu a noção das atitudes que tomou.
Ela foi morta com marcas de esganadura, sem roupas da cintura para baixo, num fundo de vale, com cinco reais na mão e um preservativo usado ao lado de seu corpo. Segundo as investigações, na época, o acusado teria oferecido a quantia de R$ 5 para que a criança não contasse sobre os abusos para a mãe.
O julgamento será acompanhado pelo Observatório de Feminicídios de Londrina (Néias). Também é possível acompanhar o julgamento presencialmente e ainda no canal do YouTube do Tribunal do Júri, clicando aqui.
Sandro e a mãe de Sara mantinham uma união estável, possuem dois filhos juntos e começaram a se relacionar quando a menina tinha 2 anos de idade.
“O caso de Sara expõe a invisibilização das meninas em situação de violência, que se evidencia até mesmo na ausência de dados estatísticos e específicos sobre o problema. Muito embora a escola tenha percebido mudanças no comportamento de Sara, o acolhimento recebido não foi suficiente para evitar sua morte”, diz o Observatório Néias, em nota divulgada sobre o caso. Leia na íntegra a nota no observatório.
Redação Tem Londrina