Moda circular? Olhe para seu guarda-roupa como uma oportunidade de renda

Conheça o conceito de moda circular e saiba como fazer parte deste mercado.

Imagem: Arquivo pessoal

Provavelmente você já ouviu o termo moda circular e, ele vem sendo usado para descrever iniciativas e até empresas que têm como valor, a criação de produtos mais sustentáveis ou pelo menos, a implantação de processos em que os produtos não sejam descartados rapidamente, mas reinseridos, expandindo o tempo de uso do mesmo.

E atenta à essa tendência de consumo, Anne Andrade criou um negócio onde disponibiliza à sua clientela peças novas, seminovas, grifadas e, ainda, peças de outlet afim de ofertar produtos para públicos diferentes, sempre levando em conta o meio ambiente e o desincentivo ao consumismo. “Com a chegada da pandemia fui obrigada a enxergar e rever muitas coisas. Na época tínhamos acabado de fechar uma empresa de 12 anos e eu estava com uma bebê, e precisei buscar uma alternativa para colaborar financeiramente em casa. E já vinha percebendo o aumento de brechós, mas eu mesma nunca havia comprado em brechó”.

A consultora de Imagem e estilo, Anne, que atualmente trabalha com uma marca que aborda o consumo consciente conta ainda que, teve a condição de começar a empreender na pandemia sem capital de giro porque possuía muitas roupas, algumas até com etiquetas. “Na época eu possuía muitas roupas novas, além do que precisava. Eu costumava comprar muito, percebo até que talvez posso afirmar que comprava compulsivamente, então resolvi começar uma microempresa com minhas próprias roupas. Busquei aprender a usar ferramentas da internet para meu negócio. E o da minha marca, o nome surgiu por meio de uma pesquisa em um arquivo internacional sobre moda sustentável. Foi então, que fiz a junção da moda com a economia circular assim surgiu a “Moda Circular”. Meu objetivo com o nome foi pensando nas oportunidades de “circular” roupas de um guarda roupa para outro”.

Como a empresária comentou, sua marca incentiva as mulheres a olharem para seus armários como oportunidades de um dinheiro extra. “em algumas situações compramos simplesmente por termos visto uma promoção, e vamos acumulando peças no armário. E muitas vezes, o que não é belo ou usual para você, pode ser para outra pessoa. Não deixe as roupas guardadas no armário, doe para quem precisa ou revenda. Nossa marca sempre incentiva a olhar para as roupas como ativos, elas podem ser vendidas, podem ser vestidas por outras pessoas, elas não precisam ter seu fim ali”.

Anne comenta também, que sentia falta das mulheres de sua faixa etária e/ou mais velhas se atentarem ao consumo consciente. “Meu foco sempre foi atender mulheres empreendedoras, independentes, maduras, que buscam se destacar em seus relacionamentos profissionais e pessoais. Eu só via adolescentes e jovens demonstrando interesse em brechós, mas todas as mulheres e os homens também podem ser consumidores que apoiam o meio ambiente e obviamente, podem comprar menos, escolhendo melhor”.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group – BCG, o Brasil está incluído no grupo de países que mais compra produtos de segunda mão. “O consumo circular vem crescendo 12% ao ano em nível global, pelo que li na pesquisa da BCG, contra 3% dos produtos novos, ou seja, cada vez mais cresce o consumo de produtos seminovos. E fico feliz em integrar essa parcela de consumidores e ainda, incentivar conhecidos, mulheres maduras e de destaque também vivenciarem esse mercado”, destaca Anne Andrade.

Em março, mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher e, ainda, o Dia Mundial do Consumidor, abordaremos muitos assuntos relacionados a um dos mercados que mais chama a atenção de mulheres: a moda!

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Emily Müller - Redação Tem Londrina