Atos golpistas: Supremo condena apucaranense a 17 anos de prisão
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, morador de Apucarana, no Norte do Paraná, pelo seu envolvimento nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. O jovem militante bolsonarista foi condenado a 17 anos de prisão, com 15 anos e seis meses em regime fechado.
De acordo com o STF, Matheus foi condenado pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Oito ministros do STF concordaram com a proposta de Moraes, incluindo Cristiano Zanin, Luiz Fux, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Rosa Weber. Apenas André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divergiram, propondo penas menores.
Matheus foi para Brasília e deixou a esposa grávida em casa. Ele mandou diversas mensagens e áudios para ela durante a invasão (veja as mensagens abaixo). Durante a prisão, ele portava um canivete, jaqueta militar e uma camiseta da seleção brasileira. Durante o depoimento, Matheus se definiu “bolsonarista” e “nacionalista”.
Nos áudios que enviou à esposa, ele defendeu que os manifestantes tinham que “quebrar tudo” para o Exército “entrar e tomar o poder”. As mensagens estão registradas na investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (DF).
O jovem foi preso após invadir o Congresso e tentar retornar ao acampamento próximo ao Quartel do Exército.
Durante audiência, o apucaranense alegou que não participou do ato com a intenção de invadir prédios públicos, mas sim como parte de uma manifestação pacífica. Segundo ele, foi ao Distrito Federal (DF) protestar contra questões como o aborto e o uso de drogas, afirmando ser contra essas práticas.
Ele também defendeu a intervenção militar durante a audiência.
Redação Tem Londrina