Morte de jovens da Bratac: caso é enviado ao Tribunal do Júri de Londrina

Justiça Militar enviou o inquérito das mortes de Wender e Kelvin para julgamento no Tribunal do Júri.

Imagem: Reprodução/Rede Lume

A juíza Maria Cristina Franco Chaves, da Justiça Militar Estadual, decidiu, nesta quarta-feira (30), encaminhar ao Tribunal do Júri de Londrina o Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a conduta de policiais militares envolvidos na abordagem que resultou na morte dos jovens Wender e Kelvin, no Jardim Santiago, região oeste da cidade, em 15 de fevereiro.

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Imagem: Reprodução/Arquivo pessoal

A decisão atende ao pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), feito na terça-feira (29). O MP argumentou que, por se tratar de um caso envolvendo a morte de civis em suposto confronto com a polícia, a competência para julgar deve ser da Justiça Comum, mais especificamente do Tribunal do Júri.

Na decisão, a magistrada destacou que, mesmo havendo indícios de excludente de ilicitude, uma vez identificada a possível intenção dos agentes em causar a morte, o caso deve ser remetido à Justiça Comum. “Não resta alternativa senão remeter os autos do inquérito policial militar à Justiça Comum”, afirmou.

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O inquérito conduzido pela Polícia Militar do Paraná (PMPR), concluído na semana passada, apontou que os quatro policiais agiram em legítima defesa, alegando que os dois jovens — Kelvin Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa Bueno, de 20 — estariam armados e teriam apontado as armas contra a equipe. A versão, no entanto, é contestada pelas famílias, que alegam parcialidade na investigação militar.

A Polícia Civil (PC) também é responsável por outro inquérito em andamento sobre o caso. O delegado à frente da investigação solicitou prorrogação de 60 dias para concluir o trabalho.

Redação Tem Londrina