Bolsonaro e Carlos recebiam dados ilegais da ‘Abin paralela’, aponta PF

Ex-presidente e o filho foram indiciados em investigação da polícia sobre "Abin paralela".

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Imagem: Reproduções/STF/PR

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (17) o inquérito sobre a chamada “Abin Paralela” e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), entre outros envolvidos. Ao todo, mais de 30 pessoas foram formalmente indiciadas.

A investigação apura o uso indevido de ferramentas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para montar uma estrutura clandestina de monitoramento, com espionagem ilegal contra autoridades e cidadãos durante o governo Bolsonaro.

O que diz a PF

Segundo a Polícia Federal, o grupo, composto por servidores públicos, policiais e funcionários da própria agência, operava um sistema paralelo de vigilância, utilizando softwares para invadir celulares e computadores de alvos escolhidos.

As apurações indicam que Bolsonaro tinha conhecimento do esquema e teria se beneficiado diretamente das informações obtidas ilegalmente. O deputado Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, é apontado como um dos principais articuladores da operação clandestina.

Até o momento, os citados não se pronunciaram.

Redação Tem Londrina