Londrina inicia aplicação de vacina contra meningite em dose de reforço

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Imagem: Divulgação/SMS

A partir desta terça-feira (1), crianças de 12 meses que receberam a vacina meningocócica C, aos três e cinco meses, terão a dose de reforço com a meningocócica ACWY ao completarem 12 meses. A mudança já entrou em vigor nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina e segue a recomendação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde (MS). A substituição tem como objetivo prevenir doenças meningocócicas, como a meningite e a meningococcemia, causadas pela bactéria Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W e Y.

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a cobertura vacinal referente ao primeiro reforço da vacina meningo C, para crianças de 12 meses, está em 92,54%. Os dados são atualizados até o mês de março. No ano passado, a cobertura para esse reforço, nessa mesma faixa etária, foi de 94,10%.

A meta estabelecida para essa vacina é de 95% de cobertura.

Com essa alteração, o calendário de vacinação contra meningite para crianças passa a ser da seguinte forma: dose 1 da vacina meningo C aos três meses e dose 2 aos cinco meses; reforço com a meningo ACWY aos 12 meses. Quem estiver com o reforço em atraso, poderá receber a meningo ACWY antes de completar cinco anos. Já as crianças que receberam as duas doses mais reforço da meningo C, não precisarão de dose extra da meningo ACWY, que também é fornecida para adolescentes com idade entre 11 e 14 anos.

A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, explicou que no estado do Paraná há aumento no número de casos e óbitos relacionados à doença meningocócica no ano de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Desde janeiro, foram computados 22 casos confirmados e seis óbitos, até junho desse ano. “A meningite é uma doença endêmica no Brasil, que ocorre ao longo de todo o ano e pode ocasionar surtos e epidemias ocasionais. Reforçamos que a vacinação continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra as doenças meningocócicas invasivas”, frisou.

O relatório epidemiológico da SMS indica que, em 2025, a cidade soma uma notificação de meningococcemia. Essa infecção bacteriana é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias, como saliva e secreções nasais, por meio de tosse ou espirro. O caso foi registrado no mês de fevereiro. Até o momento, não há notificações de meningite meningocócica, nem óbitos provocados por essas doenças no município.

Fabrin complementou que é fundamental que a população busque a imunização para proteger a própria saúde e a de toda a comunidade. “Agora, com a introdução do reforço de um ano com ACWY protegendo de outros sorotipos, contamos com a colaboração de todos para manter nossos índices de vacinação em alta e reduzir o impacto dessas doenças”, finalizou.

Redação Tem Londrina com NCom