Quatro são indiciados por morte de jovem após furto de chocolate no PR

Jovem foi perseguido, morto e jogado na rua nas proximidades de um supermercado.

Imagem: Arquivo pessoal

O Ministério Público do Paraná (MP) denunciou por homicídio qualificado quatro homens investigados pela participação na morte de um jovem de 22 anos no dia 19 de junho último no bairro Portão, em Curitiba. A vítima foi perseguida e agredida pelos denunciados em retaliação por supostamente ter subtraído um chocolate em um supermercado do bairro. A denúncia foi recebida e tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri, e os quatro foram indiciados.

As apurações do caso apontam que o jovem passou a ser perseguido pelos denunciados, pelo desejo “de retaliação pessoal e vingança privada, absolutamente desproporcional ao suposto dano causado”, sustentou o MPPR na denúncia. Ao alcançá-lo, os denunciados imobilizaram-no perto do supermercado da rede Muffato e passaram a agredi-lo, causando sua morte.

Imagem: Reprodução/Fantástico

O caso foi detalhado pelo programa Fantástico, da Globo, na noite deste domingo (6).

Os quatro indiciados são dois seguranças do supermercado, um funcionário da área do hortifruti do estabelecimento e um motociclista. Dois dos denunciados foram presos em flagrante e tiveram decretada a prisão preventiva a pedido do Ministério Público, que também requereu a prisão preventiva dos outros dois, que estão foragidos.

Os quatro responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, motivo fútil, uso de meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Outros pedidos

Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público também requereu que seja oficiada a direção do supermercado onde os fatos ocorreram, solicitando toda a documentação referente aos funcionários denunciados, bem como solicitando registro, instalação e funcionamento, tais como alvará, número de funcionários, treinamentos, uniforme, cursos de reciclagem etc.

Além disso, pleiteou que também seja oficiada a empresa de vigilância em que atuavam alguns dos denunciados também solicitando a documentação referente a seus funcionários. Tais diligências visam apurar sobre possível contratação e operação irregular da empresa por parte do grupo ao qual pertence o supermercado, visando possível responsabilização civil e administrativa pelas violações decorrentes dessa relação; bem como apuração de eventual conivência, negligência ou omissão das autoridades locais responsáveis pela fiscalização da atividade de segurança privada.

Redação Tem Londrina com MPPR