Jornalista londrinense vence prêmio nacional de fotojornalismo; veja fotos

Letícia Argolo conquistou prêmio com série de fotografias marcantes na Cadeia Feminina de Londrina.

fotografa londrinense
Imagem: Fernando Cremonez/CML

Na solidão das celas, onde a rotina é marcada por ausência e silêncio, a jornalista londrinense Letícia Argolo da Silva encontrou histórias de fé, resistência e sobrevivência. Foi desse mergulho que nasceu a série “Quem está por mim”, trabalho que lhe rendeu (veja as fotos abaixo), no início deste mês, o Prêmio Nacional da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom 2025), na categoria Produção em Fotojornalismo, durante o congresso realizado em Vitória (ES).

O ensaio reúne 12 fotografias feitas na Cadeia Pública Feminina de Londrina e retrata o cotidiano das presas e os laços que as sustentam: a instituição, a religião e a família, ainda que em raros encontros. Segundo Letícia, somente 20% das detentas recebem visitas ou mantêm contato com parentes.

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Imagem: Fernando Cremonez/CML

As imagens nasceram do fotolivro que Letícia produziu como trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), resultado de mais de um ano de pesquisa, roteiro, fotografia e edição. Ela também atua como assessora de gabinete da Câmara Municipal de Londrina.

A série já havia conquistado o primeiro lugar na etapa regional do Expocom Sul, realizado em Chapecó (SC). Agora, com o reconhecimento nacional, a jornalista celebra a conquista pessoal e o alcance de sua mensagem.

“Já foi muito expressivo vencer o prêmio regional. Ganhar o nacional, então, foi ainda mais importante, porque me trouxe um sentimento de que tudo valeu a pena, que ao longo desse um ano e um mês de produção, todo o meu esforço, as dores de cabeça, as noites sem dormir, editando e fotografando, pensando em roteiro, tudo isso valeu a pena. Foi muito importante também levar a história dessas detentas para o mundo. Um dos objetivos do meu trabalho, obviamente, não é isentar essas mulheres da pena que elas ‘pagam’ dentro da cadeia, mas apresentar uma realidade que existe, independentemente da sociedade e do estado negarem”, disse a fotógrafa londrinense.

Veja a série de fotos premiadas:

Imagem: Letícia Argolo
Imagem: Letícia Argolo
Imagem: Letícia Argolo
Imagem: Letícia Argolo
Imagem: Letícia Argolo

Redação Tem Londrina com CML