Justiça Federal do Paraná bloqueia quase R$ 20 milhões de Beto Richa
O despacho prevê ainda a indisponibilidade de casas e veículos e o sequestro de parte de imóvel citado no esquema de corrupção no estado
A Justiça Federal do Paraná determinou nesta quarta-feira (14) o bloqueio de bens e ativos financeiros dos investigados na Operação Piloto, entre os quais está o ex-governador paranaense Beto Richa (PSDB), que não poderá movimentar R$ 20 milhões de seu patrimônio.
Além do bloqueio de quase R$ 20 milhões de Beto Richa, o despacho prevê a indisponibilidade de bens imóveis e de veículos e o sequestro de parte de imóvel citado no esquema de corrupção. As mesmas medidas, com valores proporcionais, foram aplicadas aos outros réus.
A Justiça do Paraná acolheu pedido da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal do estado. A acusação do MPF, de 5 de junho deste ano, denunciou Beto Richa, Ezequias Moreira, José Richa Filho (Pepe Richa), Luiz Abi Antoun, Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller pela prática, ao longo de 2014, dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude licitatória e lavagem de dinheiro, relacionadas à licitação na Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná.
A operação Piloto foi deflagrada em setembro de 2018 a partir de depoimentos de colaboradores ligados ao grupo Odebrecht, que revelaram esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina visando o favorecimento do consórcio liderado pela empreiteira na licitação de concessão da PR-323. Os pagamentos teriam sido feitos pelo setor de Operações Estruturadas da empresa em favor do codinome “Piloto”, identificado como o ex-governador Beto Richa.
Richa também é réu em outros dois processos pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente de propinas do pedágio e de outros esquemas de corrupção em seu governo.
Redação Tem