Eduarda Shigematsu: primeira audiência do caso acontece nesta quinta
O pai da menina foi preso no mesmo dia e confessou à polícia ter enterrado o corpo da filha

Depois de cinco meses do crime, a primeira audiência de instrução do caso Eduarda Shigematsu acontece nesta quinta-feira (3), em Londrina. No total, 12 testemunhas, entre defesa e acusação, foram convocadas para essa primeira etapa.
Amigos de Eduarda Shigematsu serão ouvidos pela Justiça
Amanhã devem ser ouvidos policiais, investigadores e peritos que trabalharam no caso, além de familiares e amigos de Eduarda Shigematsu. O pai da menina, Ricardo Seidi, que é acusado de homicídio, permanece preso desde abril. Nesse primeiro momento, ele e a avó da adolescente, Terezinha de Jesus Guinaia não serão ouvidos.
Entenda o assassinato da adolescente, em Rolândia
Eduarda Shigematsu vivia com o pai e avó emRolândia, no norte do Paraná, e desapareceu no dia 24 de abril. Sua avó chegou a registrar um Boletim de Ocorrência, no entanto, dias depois, foi descoberto que Terezinha já sabia que a neta estava morta quando foi até a delegacia.
Quatro dias depois, 28 de abril, o corpo de Eduarda Shigematsu foi encontrado enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai e a avó. Em uma cova rasa, a criança estava com as mãos e pés amarrados, além da cabeça envolta em um saco plástico.
De acordo com a Polícia Civil, Ricardo chegou com um carro preto por volta das 13h37 da quarta-feira (24) – dia em que a menina desapareceu – e permaneceu por aproximadamente 20 minutos no local.
O pai da menina foi preso no mesmo dia e confessou à polícia ter enterrado o corpo da filha. Segundo sua versão, ele tomou a atitude depois de encontrar a menina enforcada dentro de seu próprio quarto.
“O pai, bastante frio, disse que no dia dos fatos estava na residência quando encontrou ela enforcada no quarto dela”, explicou, na época, o delegado Ricardo Jorge.
No dia 29 de abril, os resultados de exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) apontaram que Eduarda morreu por esganadura. Já no dia 30 de abril, a avó de Eduarda Shigematsu foi presa após prestar depoimento.
O delegado Bruno Rocha afirmou que ela tentou ludibriar a polícia. Tereza negou as acusações e, ao saber de sua detenção, chorou e chamou o filho de monstro.
Redação Tem com Ric Mais