Moradores de Lerroville denunciam más condições de estradas rurais

Prefeitura diz que governo federal negou continuidade das obras no local.

Imagem: Reprodução/TemWhats

Mais um dia as crianças do assentamento Eli Vive, em Lerroville, área rural de Londrina, não puderam ir para as escolas devido às más condições das estradas que dão acesso ao local. Após dias de chuvas intensas registradas na região, as estradas estão intransitáveis e o transporte escolar não consegue trafegar, o que deixa os moradores ilhados.

“É um desrespeito, é um descaso com quem mora no campo. Nossos filhos ficaram dois anos sem ir para a escola por causa da pandemia, fazendo atividades em casa porque não a maioria das famílias não tem acesso à internet para aulas online. Agora que podiam recuperar o tempo perdido de tudo que elas deixaram de aprender nesses dois anos, elas não podem ir para a escola porque não tem estrada”. O desabafo é de uma moradora da região, que registrou a situação em um vídeo encaminhado ao TEM.

No local, os moradores também denunciam que a falta de infraestrutura das estradas é um problema que já poderia ter sido resolvido. “Em 2014, o INCRA liberou R$ 2,5 milhões para criação das estradas. Mas, como a prefeitura não utilizou o recurso no tempo adequado, em 2019 esse valor foi recolhido. Agora, estamos nessa situação, que nem prefeitura, nem INCRA resolve”.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, informou que está trabalhando na estrada principal que liga o distrito de Lerroville ao assentamento Eli Vive. A administração também explicou que pediu a prorrogação do prazo para executar os projetos, mas foi negado pelo governo federal.

“Em relação aos recursos do INCRA, o convênio foi assinado em dezembro de 2015 e não chegaram estes recursos para os cofres da Prefeitura. Do valor anunciado, vieram R$ 300 mil, que foi utilizado para a contratação de empresa para confecção dos projetos de projeto de construção da estrada. Feito os projetos, em 2018, foi solicitado pela Prefeitura a prorrogação do convênio para a executar os projetos, porém o governo Federal negou a continuidade”, diz a nota.

Redação Tem