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Sema flagra esgoto clandestino de prédio da Gleba lançado no Igapó

Condomínio localizado na Rua Caracas foi autuado pela Secretaria do Ambiente.

Imagem: Marcos Garrido/PML

A Prefeitura de Londrina por meio da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), identificou um ponto de esgoto clandestino, no Lago Igapó, que parte de um condomínio residencial na Rua Caracas, na Gleba Palhano. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (17), pelo secretário municipal do Ambiente, Gilmar Pereira, divulgar detalhes da fiscalização realizada em conjunto com a Sanepar.

esgoto lago igapo
Imagem: Marcos Garrido/PML

Segundo o secretário, Sema e Sanepar intensificaram a fiscalização no complexo do Lago Igapó nos últimos dias. Um exame de microbiologia apontou algumas contaminações pontuais, com concentrações de fósforo, nitrogênio e coliformes fecais acima dos níveis considerados normais para a região. “Isso nos levou a reforçar ainda mais as vistorias e, por meio delas, detectamos um ponto de lançamento de esgoto clandestino no Lago Igapó, proveniente de um condomínio residencial localizado na Rua Caracas”, destacou.

lago igapo verde
Imagem: Emerson Dias/NCom

O secretário esclareceu que, para fazer a identificação do ponto de lançamento, o município utilizou uma técnica bem simples com aplicação de corante, para acompanhar o caminho da água colorida no esgoto.

“Essa técnica permite termos certeza do ponto de lançamento. Para isso, fomos até um banheiro que é de uso comum deste condomínio e jogamos corante no vaso sanitário. Após aplicação do corante, nós conseguimos detectar este ponto de lançamento. Em seguida, o condomínio foi notificado verbalmente e demos o prazo de 24 horas para que ele resolva o despejo de esgoto no Lago Igapó”, contou.

A Sema não divulgou o endereço exato ou o nome do condomínio que estaria realizando o despejo irregular de efluentes líquidos no lago londrinense. O Tem Londrina apura a situação, para atualizar todas as informações sobre o caso.

De acordo com o Pereira, o condomínio residencial será multado pela Prefeitura e, por se tratar de crime ambiental, o Ministério Público (MP) do Meio Ambiente também deve tomar as medidas cabíveis.

“Nós estamos falando de crime ambiental. A Sema está trabalhando no levantamento das demais condicionantes e, nos próximos dias, teremos a dosimetria exata da aplicação da multa, já adiantando que levaremos em consideração uma série de agravantes que aconteceram. O londrinense tem acompanhado os diversos problemas que aconteceram no Lago Igapó, por exemplo, uma contaminação exacerbada de microalgas, e a superpopulação de macrófitas, que são as alfaces d’água. Temos, ainda, um laudo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que detectou duas possíveis cianobactérias. Só não temos o grau de toxicidade, pois ainda não foi entregue pelo laboratório ”, enfatizou.

Pereira realçou, também, que a Prefeitura vai intensificar ainda mais as fiscalizações para identificação de outros pontos irregulares. “Nós temos hoje, inclusive, sob investigação, um possível lançamento clandestino no Lago Norte. Precisamos eliminar as fontes de poluição, pois a autodepuração do lago vai acontecer de forma natural”, finalizou.

Redação Tem Londrina com NCom


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