Cientistas encontram sinal mais forte de vida fora da Terra; entenda
Cientistas anunciaram a descoberta de sinais promissores de possível atividade biológica em um planeta localizado a 120 anos-luz da Terra. A equipe, liderada pelo astrofísico Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, identificou indícios de processos biológicos fora do Sistema Solar, considerados os mais fortes até o momento. No entanto, os pesquisadores ressaltam que são necessários mais estudos para confirmar qualquer possibilidade de vida.
Durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), Madhusudhan destacou que foram detectadas “impressões digitais” químicas — gases que, na Terra, são produzidos exclusivamente por organismos vivos, especialmente por fitoplâncton marinho. A análise foi feita com o auxílio do telescópio espacial James Webb, considerado uma das mais avançadas ferramentas da astronomia moderna.
O planeta em questão é o K2-18 b, um exoplaneta — ou seja, localizado fora do nosso Sistema Solar — com massa 8,6 vezes maior que a da Terra e aproximadamente 2,6 vezes mais largo. Ele orbita uma estrela anã localizada na constelação de Leão e, segundo estudos anteriores, pode pertencer à categoria dos chamados planetas hyceanos, com atmosfera rica em hidrogênio e vastos oceanos de água líquida, condições consideradas favoráveis ao desenvolvimento da vida.
Já haviam sido detectadas nesse planeta moléculas à base de carbono, como metano e dióxido de carbono, substâncias consideradas essenciais para a vida como conhecemos. Agora, o novo estudo, publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters, traz uma possível bioassinatura — um marcador que pode indicar a presença de processos biológicos.
Apesar da empolgação com a descoberta, os cientistas pedem cautela. Christopher Glein, pesquisador do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, no Texas, alertou para a necessidade de analisar os dados com extremo rigor. A professora Sara Seager, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também pediu paciência, nos estudos que avaliam a atmosfera do K2-18 b.
A recente descoberta representa um avanço significativo, mas ainda não é uma confirmação da existência de vida extraterrestre.
Redação Tem Londrina