Com recorde de internados, Paraná não descarta lockdown
Estado tem 90% de ocupação nos hospitais e afirma que ampliação de leitos é finita.
Após a identificação de um novo recorde de internados com coronavírus no Paraná, o governo estadual está estudando a possibilidade de aplicar medidas mais restritivas para evitar o avanço da pandemia e não descarta decretar o ‘lockdown’ — bloqueio total —, já que o estado vive na iminência de um colapso no sistema de saúde.
Segundo o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Vinícius Filipak, há um limite na capacidade de ampliação de leitos, o que preocupa a pasta. “Nós não temos capacidade infinita, e se essa transmissão não for devidamente manejada, nós teremos de fato um colapso com falta de leitos, efetivamente”, disse.
Até o momento, 3.037 pessoas estão hospitalizadas com suspeita ou confirmação da doença na rede pública e privada de saúde do estado, nesta sexta-feira (19). Este é o maior número de internações desde o início na pandemia.
“Nenhuma possibilidade é descartada. Nós não podemos descartar a necessidade de lockdown. Estamos ainda com alguma capacidade de resposta, mas é uma condição que tem que ser pensada. Não podemos abrir mão de nenhum tipo de atividade que possa proteger melhor a saúde da população”, disse.
As principais medidas restritivas que devem ser adotadas nos próximos dias serão a ampliação do toque de recolher e a limitação de cirurgias eletivas não emergenciais.
Leitos no Paraná
Confira os dados atualizados desta sexta-feira (20):
– 89% dos 1.226 leitos de UTI adulta;
– 61% dos 1.779 leitos de enfermaria adulta;
– 45% dos 22 leitos de UTI pediátrica;
– 35% dos 34 leitos de enfermaria pediátrica.
O estado já acumula 603.796 casos confirmados e 10.975 óbitos causados pela doença. Até esta sexta-feira, apenas 321 mil paranaenses tinham sido vacinados contra a doença, sendo que apenas 53,5 mil receberam duas doses do imunizante.
Redação Tem