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Estudo da hidroxicloroquina contou com pacientes e profissionais de Londrina

Pesquisa é a maior do país, envolvendo 55 instituições, e apontou que medicamento é ineficaz contra covid-19.

Foto: Reprodução/UEL

A pesquisa sobre o uso da hidroxicloroquina, que contou com a participação do Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) teve o resultado divulgado nesta quinta-feira (23) e concluiu que a medicação não tem eficácia no tratamento de pacientes com o coronavírus. A coordenadora do estudo em Londrina, é a pesquisadora Cintia Grion, que demonstrou a importância da pesquisa para tirar as dúvidas dos especialistas que estão na linha de frente do enfreamento da doença.

Este é o maior estudo sobre o medicamento realizado no país, e promovido por uma coalizão de 55 instituições de saúde brasileiras, que estudaram 665 portadores da covid-19.

“Era uma dúvida que angustiava muito, tanto a população quanto os profissionais que cuidavam desses pacientes com casos leves a moderados de covid-19. E essa dúvida está pelo menos, nessa população de estudo, praticamente resolvida. Não temos mais dúvidas, que nesse cenário, a hidroxicloroquina e a associação com a azitromicina, não modifica o curso da doença. A doença evolui independente desse tratamento”.

Londrina, teve 10 pacientes inseridos na pesquisa. O HU é o hospital referência no tratamento de pacientes com coronavírus na região norte do Paraná. O estudo também contou com a participação de 12 profissionais das áreas da medicina intensiva, infectologia e da pneumologia da cidade.

Na unidade, foi avaliado o uso da hidroxicloroquina simples e também a medicação combinada com o antibiótico azitromicina, no entanto, nenhuma das combinações registraram alterações positivas no tratamento.

“É um estudo grande não apenas pelo número de pacientes e hospitais envolvidos, mas pela metodologia robusta. A pesquisa foi bem delineada e conduzida e analisada de forma cuidadosa”, conta a coordenadora.

A iniciativa responsável pelos estudos clínicos também contou com instituições como Hospital Israelita Albert Einstein; HCor; Hospital Sírio-Libanês; Hospital Moinhos de Vento; Hospital Alemão Oswaldo Cruz; BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Brazilian Clinical Research Institute (BCRI); Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Redação Tem


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