- Jornalismo
- 10 de setembro de 2020
Estudo diz que maioria das vítimas da covid usavam transporte público
Pesquisa realizada em São Paulo, mostra que risco de contágio é maior do que andar a pé ou em automóveis.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) confirmou que o risco de contágio pelo coronavírus em transporte público é menor que em residências com cinco moradores ou mais. A pesquisa indica que nas residências com cinco ou mais moradores, o risco de contágio foi de 16%. Os dados foram recolhidos na capital paulistana, até o mês de agosto.
A pesquisa aponta que a chance de pegar coronavírus em ônibus e a pé, são maiores que em veículos particulares. Segundo o estudo, possibilidade de se contaminar em transportes coletivos é de 0.803; andando a pé é de 0.7897 e de automóvel é de 0.3901.
Em relação à ocupação dos paulistanos, o inquérito sorológico comprovou que quem trabalha em casa está mais protegido, com prevalência de 4,4%. O maior risco está entre os que se declararam estar desempregados: 18,1%. Entre os que trabalham fora de casa, a prevalência é de 11,9%.
Londrina
Em Londrina, de acordo com estudos da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo (CMTU), quase 50 mil pessoas continuam utilizando o transporte coletivo durante a pandemia, o número, no entanto, é menor em relação aos anos anteriores, já que escolas não estão funcionando e diversas empresas adotaram o formato de home office.
No mês de junho, a prefeitura havia anunciado uma recomendação para alteração de horários de entrada e saída dos trabalhadores que atuam em prestação de serviços e empregadas domésticas, passando o horário inicial de trabalho das 10h para às 9h, com o intuito de evitar picos de usuários no transporte coletivo do município.
Apesar da medida sugerida pela prefeitura, o Portal TEM verificou que na prática ela não tem funcionado. Trabalhadores ouvidos pela reportagem em três pontos de ônibus nas regiões leste, norte e centro, afirmam que continuam trabalhando no mesmo horário de antes.
“Não mudou muito para mim, pelo menos no meu trabalho não. Inicialmente entrávamos às 10 horas, com saída às quatro entre quatro e meia. Hoje, estamos trabalhando normal, entro às 9 horas e saio às 18”, disse uma jovem de 28 anos. Ela não informou o local de trabalho.
Mais ônibus
A CMTU também informou que empresas de transporte coletivo realizaram uma ampliação de 50 veículos nos horários de pico, após uma solicitação da companhia.
Redação Tem