Idosa de 91 anos volta para casa após se recuperar da covid-19 no Norte do Paraná
“Estou maravilhosa, estou aqui para o que der e vier”, disse Vitalina Ferreira dos Santos, de 91 anos, após se recuperar do novo coronavírus. Ela ficou internada por 10 dias e recebeu alta médica neste domingo (05), em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro do Paraná, a 65 quilômetros de Londrina.
A idosa mora em uma fazenda na cidade de Leópolis, também no Norte Pioneiro, cidade que fica a 85 km de Londrina. Ela tinha viajado para São Paulo, no início de março, onde provavelmente foi infectada pelo vírus.
Ao receber alta, a idosa que é do grupo de risco, conta sobre sua felicidade: “Foi uma notícia agradável. O médico chegou batendo palminha para mim, comemorando a minha vitória”, disse sobre o momento.
“Se eu tivesse pensado bem eu não teria ido para lá, mas eu queria fazer uma visita para a minha neta mais velha”, relevou.
De acordo com a filha, a mãe dela teve pneumonia e ficou internada por um dia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Mas em nenhum momento apresentou um quadro grave de saúde.
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“Eu não estou me contendo de alegria. Só um milagre mesmo. Minha mãe é cardíaca, tem pressão alta e a recuperação foi ótima. Os médicos estão pasmos de ver, isso é mão de Deus!” contou emocionada.
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Vitalina e a filha, ficarão em isolamento domiciliar por dez dias, mesmo sem apresentarem sintomas da doença. A filha aguarda pelo teste da covid-19.
Dona Vitalina é mãe de 10 filhos, tem 21 netos, 19 bisnetos e cinco tataranetos. Não à toa, ela disse que não vê a hora de abraçar todo mundo.
No hospital, segundo a filha, ela fazia videoconferência pelo celular com os familiares. “Estou com saudades e com certeza quero ver todo mundo”, disse a idosa.
Tratamento
De acordo com Vitalina, apesar de saber da gravidade da doença, ela não ficou preocupada porque tinha fé de que ficaria bem.
Vitalina fez questão de agradecer a equipe médica que cuidou dela, pois disse que todos a trataram com amor enquanto estava internada.
“Tem uma meninada lá que trabalha com amor. Eu falava: é isso mesmo queridos, a gente tá aqui doente e tem gente que tá sofrendo. Quando existe amor assim, parece que a gente sara mais depressa”.
Voltando para casa
Sempre ativa e há 60 anos vivendo na mesma fazenda, ela disse que gosta de cuidar de tudo, desde plantar flores até limpar o quintal. “A primeira coisa que vou fazer, quando eu chegar em casa, é criar dos meus animais, os porcos e as galinhas” conta.