Prefeitura afirma que não há falta de leitos de UTI em Londrina
A Prefeitura de Londrina, através do Núcleo de Comunicação, se manifestou sobre a reportagem que traz a denúncia de uma mulher que perdeu o marido por coronavírus. Ela reclama do atendimento e falta de estrutura ao procurar tratamento em dois hospitais particulares de Londrina.
A assessoria rebate a versão da esposa e diz que a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na cidade é falsa, tanto no serviço público, como no setor privado. O Portal TEM também recebeu as versões dos dois hospitais privados, citados na reportagem. (Leia abaixo).
Segundo a prefeitura, “a análise do mapa de ocupação de leitos de UTIs do dia 01/09 demonstra que havia 22 vagas de UTI adulto em hospitais privados, que poderiam ter sido acessadas pela rede de convênios particulares”.
Henrique Dioníso, 35 anos, gerente de fábrica, faleceu vítima da covid-19, no dia 01 de setembro. Ele tinha anemia falciforme – uma doença grave, genética e hereditária que não tem cura -, e segundo a família não teria recebido tratamento adequado desde que procurou atendimento.
De acordo com o último boletim epidemiológico, o município tem 292 leitos de UTI adultos, entre públicos e particulares. Os dados mostram que existem 245 pessoas internadas com várias doenças, inclusive coronavírus, o que representa 84% de ocupação.
Veja a nota:
A hipótese levantada pelo site de notícias de que houve óbito de um paciente que tinha convênio médico particular, no dia 1 de setembro, por conta da falta de leitos de UTI na cidade, é absolutamente falsa. A análise do mapa de ocupação de leitos de UTIs do dia 1 de setembro demonstra que havia 22 vagas de UTI adulto em hospitais particulares, que poderiam ter sido acessadas pela rede de convênios.
Além disso, os serviços públicos (SUS) contavam com 30 vagas de leitos de UTI EXCLUSIVAs PARA COVID, distribuídas entre o Hospital Universitário e o Hospital do Coração, que podem e devem ser utilizadas por todo e qualquer cidadão que delas necessite, inclusive pelos pacientes que têm convênio médico particular. Informamos também que o Município não localizou registro na Central de Regulação de Leitos de solicitação de transferência deste paciente para um leito de UTI SUS COVID.
O que dizem os hospitais:
O Evangélico enviou a seguinte nota: O paciente Carlos Henrique Dionísio deu entrada no hospital no dia 31 de agosto, com Covid positivo, pneumonia e tinha comorbidade (anemia falciforme). No dia seguinte a internação foi solicitada uma vaga de UTI. No momento da solicitação não haviam vagas disponíveis nas unidades, desta forma, o paciente foi encaminhado para o setor de emergência onde recebeu todo o atendimento similar a uma unidade de atendimento intensivo, com acompanhamento de enfermeiros, médico e monitoramento. No início da tarde do mesmo dia ele teve uma piora no quadro respiratório e foi entubado. A morte foi em decorrência de uma evolução rápida da doença, o que culminou em uma parada respiratória.
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O Hospital do Coração de Londrina informa que, diariamente, repassa à Prefeitura de Londrina todos os dados detalhados referentes à ocupação de leitos de suas duas unidades. Não há falta de leitos em nossa instituição. Dados mais apurados devem ser solicitados ao poder público municipal.
Redação Tem