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Saúde diz que festas, casamentos e formaturas podem voltar em outubro

Secretário sinalizou volta para 1º de outubro, mas autorização depende do cenário epidemiológico.

Foto: Emerson Dias/Ncom

O Secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, recebeu nesta quarta-feira (02), um grupo de empresários do ramo de organização de eventos. Eles pedem o retorno das atividades na cidade.

Uma proposta foi encaminhada ao executivo municipal, pedindo a liberação de festas de casamentos, formaturas e eventos em geral, em espaços abertos, com capacidade total de 80%, além do uso obrigatório de álcool gel e máscaras.

Segundo o secretário, a projeção para o retorno das atividades será no dia 1º de outubro, no entanto, tudo dependerá do cenário epidemiológico.

A maioria dos profissionais de eventos estão parados desde março, quando iniciou-se a pandemia. A equipe do TEM pesquisou que tanto o Governo Federal, quanto o Governo Estadual, responsáveis diretos pela manutenção dos empregos ou linhas de crédito para os atingidos na pandemia, não criaram qualquer programa específico de atendimento e suporte para a categoria.

Para o médico infectologista Francisco Sanchez, o país não está preparado para este tipo de liberação. “Infelizmente não tem como. Essa é uma área [a de eventos] de alto risco. Não há como controlar festas e comemorações, elas se tornarão aglomerações e focos de disseminação do vírus. Já vimos casos assim no mundo, eles liberam e depois acabam voltando atrás, infelizmente”, diz o especialista.

Segundo o economista ouvido pelo TEM, Júlio Pavani, o governo já deveria ter dado o suporte necessário para que estes profissionais estivessem se mantendo na pandemia. “Algumas áreas precisam de um suporte mais específico do poder público. Estes profissionais deveriam estar recebendo uma seguridade do governo ou abertura de linhas de crédito específicas neste período”, para ele, há um descaso com os trabalhadores. “Algumas áreas realmente não podem funcionar, mas precisam se manter vivas e o governo tanto federal, estadual e até municipal, deveriam encontrar soluções econômicas para esse problema. O que não pode, é passar a responsabilidade para os profissionais. Notamos que houve um descaso neste sentido”, explica.

O grupo de empresários e o município devem se reunir novamente, no final de setembro para avaliar as condições de retorno.

Vinicius Gomes - Redação Tem


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