Depois da polêmica do possível “sumiço” de amostras de teste de coronavírus em Londrina, o responsável pelo laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário (HU), Wander Breganó, afirmou que não houve extravio do exame da paciente citada na matéria do TEM na tarde desta terça-feira (21).

Segundo Breganó, a amostra chegou no laboratório no dia seguinte a coleta e passou pelo procedimento padrão de análise. “Depois da análise, o resultado passa por quatro processos, todos manuais. Primeiro, a gente digita, depois confere, então coloca no sistema e, por último, faz a consolidação. Quando esse último processo é finalizado, o resultado do exame fica disponível no sistema e toda rede de saúde do município tem acesso”, explicou Breganó. Ele ainda afirmou que é impossível a amostra ter sido esquecida na geladeira porque eles só possuem um equipamento de armazenamento no laboratório.

“Eu me lembro do teste da paciente em questão, fui eu mesmo que fiz a liberação do resultado. Não tem como ter sido extraviado. O que pode ter acontecido é um problema pontual do sistema – que devia ter gravado a consolidação, mas não fez isso – ou então uma falha humana”, comentou o responsável pelo laboratório do HU sobre o caso. Como outros pacientes que fizeram a coleta também no dia 01 de julho reclamaram do mesmo problema, eles acreditam que pode ter acontecido uma falha no sistema. “Nós estamos investigando o que aconteceu, mas gostaria de reforçar que apenas uma pequena parcela de exames teve esse problema. É claro que isso não deve acontecer, mas considerando o total de exames feitos até agora [6.500 desde 15 de maio], foram casos isolados”, finalizou Breganó.

Ontem (21), a Secretaria de Saúde de Londrina, afirmou que estava buscando entender o que teria ocorrido no caso, mas não deu retorno até o fechamento desta reportagem.