UEL coordena pesquisa internacional sobre impactos da pandemia

Pesquisa é baseada na aplicação de questionário sobre medo e saúde.

Imagem: Reprodução/UEL

Quais os impactos da pandemia de covid-19 sobre a saúde das pessoas, principalmente emocional, nas mais diferentes comunidades? Quais as necessidades futuras de preparação no caso de uma ‘nova onda’ ou outra pandemia? Essas são algumas das questões que busca responder a pesquisa internacional “CARE:  Um Estudo Internacional para Avaliação do Impacto da covid-19 sobre o Medo e a Saúde”.  Até o momento, mais de 30 países estão participando da pesquisa.

No Brasil, esse estudo é coordenado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação UEL-UNOPAR, do Departamento de Fisioterapia da UEL. Para o professor Leandro Mantoani, coordenador do estudo no Brasil, a expectativa é ter um panorama geral dos impactos da pandemia que devem ser semelhantes apesar dos diferentes contextos sociais. “Esperamos que essa pesquisa ajude a confirmar a hipótese de que impactos psicológicos e sociais são similares em todo o mundo, e que o grau de medidas preventivas adotadas nas diferentes cidades durante a pandemia puderam influenciar no impacto que a covid-19 teve (tem) na saúde das diversas populações ao redor do planeta”, comenta.

Imagem: Reprodução

Para conseguir medir os impactos, a pesquisa baseia-se na aplicação de um questionário on-line de curta duração (de 10 a 15 minutos), disponibilizado na língua oficial de cada país. As perguntas do questionário são de caráter genérico e incluem, em sua maioria, questões relacionadas aos hábitos de vida durante a pandemia. Entretanto, o questionário também foca e investiga a saúde emocional das pessoas, abordando assuntos como medo, ansiedade e depressão. 

“Nós entendemos que algumas dessas questões possam ser um pouco desconfortáveis para algumas pessoas. E é por isso que contamos com a participação de um psicólogo como membro da equipe de pesquisa. Dessa maneira, os participantes que desejarem entrar em contato com o mesmo poderão fazê-lo por meio de e-mail e/ou telefone que estarão disponíveis no link de preenchimento do questionário”, explica Mantoani.

No Brasil, o link do questionário está disponível no site do estudo. Podem participar pessoas a partir de 18 anos, que já tenham tido ou não covid-19. A divulgação do estudo tem sido feita por meio das redes sociais, por isso o prefessor explica que não é preciso ter medo caso receba um link para preencher o formulário.

Pesquisa é baseada na aplicação de questionário on-line – Imagem: Reprodução

“A página do questionário da pesquisa está sendo divulgada por meio de aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp. Os pesquisadores do presente estudo estão enviando o link da pesquisa à amigos, familiares e colegas de trabalho acima de 18 anos de idade, solicitando que os mesmos repassem adiante o endereço eletrônico da pesquisa para suas listas de contatos. Adicionalmente, mídias sociais como Instagram, Facebook e Twitter serão utilizadas como meio de divulgação da pesquisa”, afirma Mantoani.

Apesar da coordenação da pesquisa no Brasil está centralizada na UEL, a intenção dos pesquisadores é que ela alcance todo o país, com participação do maior número de pessoas possível.

Fiama Heloisa - Redação Tem