“Tropa de choque” de Bolsonaro na CPI já recebeu R$ 660 milhões do governo

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A defesa da política do presidente Jair Bolsonaro em meio à pandemia na CPI da Covid, no Senado, tem saído caro para os cofres públicos.

Um levantamento divulgado pela revista Crusoé, revela que Bolsonaro já desembolsou R$ 660 milhões em emendas para os sete senadores que fazem sua defesa e tumultuam as sessões da comissão propagando as ideias defendidas pelo presidente. Os senadores são conhecidos por tumultuar as sessões e gerar polêmicas com a intenção de dificultar as investigações das supostas omissões do governo federal na pandemia.

Segundo a reportagem do jornalista Patrik Camporez, os repasses aumentam à medida que Bolsonaro se vê acuado pela comissão. Um sexto do total dos recursos foi liberado a partir da última semana de abril, quando a CPI iniciou seus trabalhos.

O “pagamento” se acontece com a liberação de emendas individuais e de bancada, principalmente por meio dos ministérios do Turismo, da Agricultura, da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional.

Alvo de investigação por corrupção em obras do Rio São Francisco, o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi responsável por direcionar R$ 153,8 milhões em repasses.

Já o presidente do Partido Progressista (PP), um dos líderes do Centrão e primeiro parlamentar do grupo a embarcar no bolsonarismo, Ciro Nogueira (PP-PI) vem em seguida, comandando R$ 135 milhões dos repasses feitos à “tropa de choque”.

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Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que protagoniza os embates em defesa da cloroquina e já utilizou até um meme da ex-atriz pornô Mia Khalifa durante a comissão, recebeu R$ 27,9 milhões em emendas e R$ 138 milhões em “outros recursos”, segundo a revista.

Defensor mais contundente de Bolsonaro na CPI, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) obteve um total de R$ 127 milhões em emendas da bancada, além das individuais.

Já o senador catarinense Jorginho Mello (PL-SC) recebeu liberações, até o momento, que somam R$ 35 milhões.

Redação Tem com Crusoé