- Jornalismo
- 14 de junho de 2025
‘Myrtha’ reinterpreta clássico ‘Giselle’ neste domingo em Londrina
Apresentação na DAC da UEL.

Neste domingo (15), às 20h30, a Companhia Experimental de Dança (CED) se apresenta em Londrina com um espetáculo inédito e instigante ‘Myrtha’. A apresentação acontece na sede da Divisão de Artes Cênicas (DAC), na Avenida Celso Garcia, 205, com classificação indicativa de 14 anos e entrada por contribuição espontânea, com valor sugerido de R$ 10.
Inspirada na trama do balé clássico “Giselle”, a montagem da CED propõe uma releitura ousada e poética, narrada sob a perspectiva de Myrtha, rainha das willis — espíritos de mulheres traídas e mortas antes do casamento. A história original gira em torno de Giselle, uma jovem que se apaixona por um príncipe disfarçado de camponês. Ao descobrir a verdadeira identidade e o noivado do amado com uma mulher da realeza, Giselle morre de tristeza. Após a morte, ela se une às willis, fantasmas femininos vingativos que conduzem os homens traidores à morte por meio da dança.

A contribuição espontânea pode ser realizada via Pix, pela chave: 50114778000108.
Na versão da CED, o foco deixa de ser o drama romântico de Giselle e se volta para Myrtha, sua ancestral e líder, que acolhe corações partidos e assume protagonismo em uma narrativa alternativa — onde as mulheres não são apenas vítimas, mas donas de seus corpos e desejos, ainda que por isso amaldiçoadas. O espetáculo mergulha em reflexões sensoriais e simbólicas sobre o universo das willis, explorando questões como o despertar noturno de Myrtha, sua relação com os fantasmas masculinos, e as fantasias que envolvem o casamento nunca realizado.
A proposta é reinventar o clássico a partir de uma ótica contemporânea, que desafia estereótipos femininos e transforma o luto em força narrativa. Em cena, as willis e Giselle surgem como presenças fantasmagóricas, evocadas por vestidos sem corpos, enquanto Myrtha assume o centro do palco — e da memória.
O espetáculo é um convite à imaginação e à sensibilidade, e promete oferecer ao público uma experiência sensorial profunda, em que dança, simbolismo e reinvenção dialogam em um espaço de criação coletiva e feminista.
A peça tem participação de André Miranda, Ludmila Castanheira e Amanuel Ribeiro.
Redação Tem