‘FILO faz parte da história do teatro brasileiro’, enaltece atriz Vera Holtz
Artista revelou sonho de infância de conhecer a cidade. Ela apresenta peça teatral na estreia do festival.
A atriz Vera Holtz, reconhecida nacionalmente por diversas atuações em novelas, peças teatrais e filmes, está em Londrina com o espetáculo ‘Ficções’, que faz parte da etapa especial de fevereiro, do Festival Internacional de Londrina (FILO). A abertura aconteceu nesta quinta-feira (6), no Cine Teatro Ouro Verde.
Com ingressos estão esgotados no primeira dia de vendas, ‘Ficções’ terá duas apresentações no FILO, nesta sexta (7) e sábado (8). No entanto, o festival se estende até 16 de fevereiro, com espetáculos de rua, em salas, teatros e shows na Concha Acústica.
Durante entrevista, Vera, que nasceu em Tatuaí (SP), contou que desde criança sonhava em vir a Londrina ao escutar o pai falar sobre a cidade para onde viajava a trabalho. E agora, pela primeira vez no FILO, ela apresenta o elogiado espetáculo inspirado no best-seller ‘Sapiens’, de Yuval Noah Harari, escrito e dirigido por Rodrigo Portella, tendo a oportunidade de conhecer a cidade.
“A nossa peça faz uma reflexão da condição humana e acredito muito na ‘tecnologia humana’, no potencial para desenvolvermos melhores condições de convivência. E a cultura é essencial para isso”, disse a atriz.
Ela divide o palco com o músico Federico Puppi — autor e performer da trilha sonora original. “Eu brinco que a gente faz um ‘duólogo’ e não um monólogo, tamanha a interação com a música”, brincou.
A diversidade de personagens e o texto intimista e provocador da montagem levam o espectador a mergulhar no imaginário e se deparar com questões filosóficas pertinentes a todos. “O teatro é um convite para termos uma experiência real surpreendente, com nós mesmos e até com o outro desconhecido que está ao nosso lado”, destacou a artista.
O público presente na plateia do Ouro Verde esta noite poderá participar de um bate-papo após a apresentação, e saber um pouco mais sobre a montagem do espetáculo e da trajetória da atriz, que esbanja vitalidade e impressiona pela potência da voz.
Vera Holtz ainda finalizou: “Faço teatro desde 1979 e o FILO faz parte da história do teatro brasileiro”.
Edição especial
Homenageando o aniversário de 90 anos de Londrina, a edição especial do FILO também presta homenagem, inclusive na identidade visual do material gráfico do festival, à Nitis Jacon, grande idealizadora do festival, que faleceu em dezembro de 2023.
“A partir de junho também iremos instituir de forma permanente a Mostra Nitis Jacon. Ela sempre defendeu que na arte tudo é possível e que todas as linguagens artísticas deveriam dialogar e ter o seu espaço”, disse Luiz Bertipaglia, coordenador artístico do FILO.
Já o secretário de Cultura, Marcos Castri, explicou que defende a ampliação de recursos para o FILO, com início de captação de recursos. “Para o ano que vem, acredito que já será possível ampliar os recursos para o festival”, garantiu Marcão Kareca.
Para Alex Lima, coordenador geral do FILO e presidente da Usina Cultural, a importância da valorização dos artistas locais na programação e o respeito à essência do festival. “Temos que preservar o legado que a Nitis nos deixou: proporcionar ao público o brilho nos olhos, o coração pulsando mais forte. Que a cidade abrace o FILO e valorize o que é feito aqui”, comentou.
Redação Tem Londrina