Vila Cultural Cemitério de Automóveis fecha e faz apelo por ajuda

O espaço da criatividade impulsionado pela fusão da literatura e da poesia com outras artes. Assim podemos definir a Vila Cultural Cemitério de Automóveis a partir das palavras (muito poéticas, diga-se de passagem) da diretora do espaço, Chris Vianna. Depois de 13 anos de existência, o projeto vai precisar dar adeus a seu espaço físico. “Em 2020, sem conveniar com o Promic, a partir de agosto, a Vila fecha, encerra suas atividades no espaço da avenida Arthur Thomas. Com a pandemia, nós não podemos produzir nenhum evento, então ficamos sem recursos para manter a estrutura”, explica a diretora.

Mas, mesmo o fechamento exige dinheiro. No total, as despesas para a entrega do prédio estão estimadas em R$ 15 mil. Por isso, os gestores do espaço lançaram uma vaquinha virtual para arrecadar o valor, contando com a generosidade de quem sempre prestigiou o trabalho da Vila ou já participou de alguma das atividades ofertadas ou ainda conheceu agora por esta matéria e se sensibilizou com a história.

“Muitas pessoas ficam intimidadas, acham que têm pouco recurso e, por isso, não podem ajudar. Isso não é verdade!Qualquer colaboração será muito bem-vinda porque soma com outros investimentos e nós conseguiremos levantar esse valor”, comenta Chris Vianna.

Reavaliação do PROMIC

Chris agradece quem já ajudou na arrecadação e deixa um questionamento para a prefeitura em relação ao Programa Municipal de Incentivo a Cultura (Promic). Ela acredita que, se não houver uma revisão da forma como os recursos são distribuídos, em breve, mais espaços culturais podem acabar prejudicados.

Ouça a entrevista:

Como ajudar

Para quem quiser ajudar, é só acessar a vakinha online. Lá, também é possível verificar uma relação detalhada de todas as despesas que precisam ser pagas para o fechamento do espaço.

E para quem ficou triste com a notícia de fechamento da Vila Cultural Cemitério de Automóveis, a diretora Chris Vianna deixa um último recado: “Nós continuaremos com todos os projetos que realizamos. O que fecha é o espaço físico, não é o que sentimos, não é o que criamos, não é o que desejamos para nossa cidade como estética artística. Continuemos em frente!”.

Fiama Heloisa - Redação Tem