APP teme tragédia com retorno das atividades presenciais no Paraná

Após o anúncio, pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), do retorno das aulas presenciais no Paraná em setembro, a Associação dos Professores do Paraná (APP), entidade que representa os professores da rede estadual, considera inaceitável essa medida frente ao crescimento expressivo dos números do coronavírus no estado. “A APP Sindicato tem um posicionamento em defesa da vida. Nós sabemos que sem nenhum tratamento, sem vacina, na verdade, o risco é altíssimo de que haja uma tragédia enorme se houver retorno de atividades presenciais”, declara o professor Márcio André Ribeiro, presidente da APP Londrina.

O professor faz questão de reforçar que a categoria deseja a volta das atividades presenciais, mas considera que isso ainda não é possível com uma segurança efetiva. “Mesmo com qualquer tipo de protocolo que se queira inventar, protocolo não evita o risco de que crianças venham a óbito”, destacou. O protocolo é uma referência ao documento apresentado pela Seed na semana passada e que estabelece uma série de critérios para a volta às aulas no estado.

Ainda sobre o documento, Márcio André afirma que a APP participou da reunião em que ele foi apresentado, mas que não assinou porque não concorda com os termos e também porque ele foi imposto sem discussão com as entidades educacionais. O professor garante que o sindicato está buscando medidas cabíveis para impedir o retorno das aulas presenciais: “A entidade, se for o caso, poderá até convocar uma assembleia para avaliar a possibilidade de uma greve para evitar que todos sejam expostos a esse perigo letal que é esse vírus”.

Ouça a entrevista:

Sobre o termo de responsabilidade falso

Sobre o documento vazado no última final de semana e que causou polêmica nas redes sociais, o professor Márcio André Ribeiro disse que nenhum tipo de documento foi apresentado na reunião com a Seed e que eles não foram informados da existência desse Termo de Responsabilidade. A APP segue observando todas as decisões da Secretaria de Educação para evitar qualquer tipo de abuso.

Fiama Heloisa - Redação Tem