Aulas presenciais voltam nesta segunda no Paraná; professores criticam
O Governo do Paraná anunciou que as aulas presenciais serão retomadas em onze cidades da região Norte do Estado, a partir da próxima segunda-feira (21). De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (SEED), o formato adotado será o modelo híbrido e, inicialmente, de forma gradual. Os professores criticam o retorno presencial das aulas neste momento da pandemia.
Na região de Londrina, 88 escolas devem retomar as aulas presenciais neste modelo.
Os responsáveis pelos alunos poderão escolher se as crianças ou adolescentes retornam às aulas presenciais, ou seguem realizando as atividades de casa.
Em todo o Paraná, 600 escolas estaduais têm previsão de retorno, número estimado de 40 mil alunos de volta às salas de aula.
Professores contra
Os profissionais da educação de Londrina, estão marcando um protesto em forma de buzinaço em frente ao Núcleo Regional de Educação em Londrina, contra a proposta de retorno das atividades presenciais.
A Associação dos Professores do Paraná (APP), classificou a volta às aulas como “ilegal”, “imoral” e “nefasta”, além de criticar duramente o que chama de “pressão para o retorno das aulas presenciais neste momento”.
“Já é notório a gravidade do cenário pandêmico no Paraná, e, em especial, em Londrina que se encontra com casos acima da média nacional e com UTIs lotadas. Soma-se o fato de que a convocação nessa situação expõe os (as) profissionais ao risco de contágio e adoecimento e, desta forma, pode caracterizar os crimes de constrangimento ilegal e perigo para a vida ou saúde de outrem e infração de medida sanitária preventiva, capitulados nos artigos 146, 132 e 268 do Código Penal, além de infrações disciplinares na esfera administrativa, além de eventual reparação cível de eventuais danos causados aos(às) trabalhadores(as) lesados(as)”, diz a nota do sindicato.
“Informamos que na segunda-feira, a partir das 11h teremos buzinaço em frente ao núcleo de educação de Londrina, para protestar contra essa irresponsável e nefasta política de volta às aulas presenciais neste momento”, completa a nota.
Redação Tem