Educadores lotam ato contra terceirização de escolas em Curitiba

Cerca de 20 mil participantes.

Imagem: Reprodução/APP

Cerca de 20 mil educadores lotaram a Praça Santos Andrade em Curitiba, durante a manifestação que acontece nesta segunda-feira (3), contra a proposta do governador Ratinho Junior (PSD) de terceirizar os serviços, inicialmente de 200 escolas estaduais do Paraná. Mais de 70% dos professores do estado aderiram e iniciaram greve nesta semana.

A medida será votada pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), nesta segunda.

Com o ato, os professores e funcionários de escolas têm como objetivo pressionar o governo estadual a desistir da proposta que, segundo a categoria, pode prejudicar a qualidade da educação pública.

De acordo com a direção da APP Sindicato, entidade que representa a classe, cerca de 70% dos professores da rede estadual aderiram a greve, ou seja, os educadores pedem apoio dos pais, mães e responsáveis, para que não levem as crianças à escola, pois não haverá equipe para acolhê-los, neste momento.

Em Londrina, o movimento acontece em frente à Prefeitura de Londrina.

Operação bilionária

As 200 escolas sob risco imediato de privatização têm cerca de 175 mil matrículas. As empresas escolhidas devem receber R$ 800 por mês por estudante matriculado(a). Por mês, as empresas devem receber R$ 140,5 milhões, o que soma R$ 1,7 bilhão por ano.

Com base no que aconteceu nas duas escolas do programa piloto, 5% dos valores repassados são “taxa de administração” e 7% são “lucro” das empresas. Isso dá cerca de R$ 17 milhões por mês e R$ 200 milhões por ano a menos aplicados nas escolas pelo governo.

Redação Tem Londrina