No Paraná, 30% dos presos trabalham e 35% estudam

Nas 33 unidades prisionais do Paraná, cerca de 30% dos presos trabalham e quase 35% participam de atividades educacionais, segundo levantamento do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen). É um dos mais altos índices do País. O sistema prisional conta com mais de 400 canteiros de obras – 300 do estado e 100 em parceria com empresas privadas.
A lei de execução penal garante o direito do preso ao trabalho. O detento ganha três quartos do salário-mínimo e tem descontado um dia de pena a cada três trabalhados. São desenvolvidas diversas atividades de trabalho, com qualificação profissional e treinamentos, como costura, panificação, gráfica, marcenaria, metalurgia, agricultura e construção civil.

É o caso da estudante de psicologia Giovana, que está presa há 11 meses. Ela é transexual e cumpre uma pena de seis anos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, onde trabalha em um dos canteiros de costura da unidade. Ela recebeu treinamento e certificação e destaca a importância que esse trabalho ocupa na vida dela.

“A gente tem algo para se ocupar e isso é fundamental. É difícil para quem é transexual ter uma oportunidade de trabalho como essa e de aprender algo novo, por isso, eu estou muito feliz. Pretendo me profissionalizar ainda mais e continuar na costura depois que sair daqui”, afirma.

(com ANPr)